Velas incendiárias

A velha mania de considerar Angola como uma espécie do caixote do lixo do comércio mundial tende, felizmente, com o passar do tempo a diminuir. Na primeira metade da década de 1990, a aproveitar inexperiência do nosso país nessas andanças, o cenário chegou a ser verdadeiramente assustador, com carros, batatas, cebolas, isqueiros, roupa de fardo e uma data de produtos alimentares, tudo podre, tudo da pior qualidade que se podia encontrar na América, Europa e Ásia. Tudo para Angola! O pior já passou, hoje já é relativamente pouco frequente encontrar produtos que qualidade inaceitável. Porém, nestes últimos tempos surgiu, e é a segunda vez que isso acontece, um item pouco católico a poluir o nosso mercado, as velas. Leram bem, as velas. Acendem-se e passado pouco tempo perdem a verticalidade, dobram-se, acabam por se vergar tanto que a chama lambe o ponto de apoio da vela e, claro está, sucedem situações de risco de incêndio. Muito pior que isso, já se registaram incêndios em Luanda quando ela apareceram pela primeira vez e agora só estamos à espera que a situação se repita, devido à má qualidade dessas velas importadas. A Polícia Económica está à espera de quê, para as tirar do mercado? Que ainda haja mais uma meia dúzia de incêndios?

Imagem: A vela gera uma faísca, que explode a mistura ar-combustível e movimenta o ...

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