Na semana passada, entre Natal e Réveillon, chegou por intermédio da internet à Redacção do Folha 8 um cliché, de facto uma fotomontagem, mostrando três figuras de proa do governo Angolano, o presidente José Eduardo dos Santos, o vice-presidente Fernando Dias dos Santos Nandó e o general Hélder Vieira Dias Kopelipa, com as mãos atrás das costas, dando a entender que estariam algemadas, e um letreiro pendurado ao peito com uma legenda insultuosa.
Como o director-geral, William Tonet, se encontrava então fora do país, foi nossa imediata preocupação fazer um Top Secreto, vincando bem a posição do jornal no que troca ao significado exacto dessa foto. E para isso escrevemos uma nota de apreciação que aqui reproduzimos por extenso, pois o que aconteceu no fecho da nossa edição da semana passada atinge os limites do non sense: o texto extraviou-se e a fotomontagem foi-se juntar sem que se saiba bem como(não fui eu, foi o meu primo) às fotos destinadas à rubrica “Lazerando”.
Texto condenatório
Nestes últimos tempos tem vindo a ser divulgada na internet e em alguns mambos sociais de credibilidade variável, uma foto asquerosa do ponto de vista de tudo, concepção, conteúdo, apresentação e identificação. A começar por esta, a identificação, encontramo-nos imediatamente em pleno reino do anonimato, sendo a mensagem que esses autores desconhecidos quiseram fazer passar uma ofensa grave merecedora de sanções severas.
Não vamos comentar o que está escrito no letreiro que cada um os três personagens têm pendurado ao peito, pela simples razão de não aceitarmos descer aos mais baixos patamares das polémicas estéreis. No que toca ao nosso posicionamento, portanto, temos a sublinhar com força que, apesar de nos manteremos fiéis à nossa linha editorial de dar voz aos que não a têm, de denunciar todas as manifestações de má governação e criticar severamente todo e qualquer acto que seja lesivo dos direitos fundamentais dos cidadãos, consagrados na nossa Constituição, não podemos de modo algum anuir a este tipo ignóbil de actuação de baixa estirpe
O problema é que este texto não foi publicado e a foto incriminada foi. Um erro incrível que neste portal queremos rectificar, assim como o faremos na próxima edição do Folha 8.
António Setas. Facebook
Gostaria , eu cidadão comum deste País, acreditar nessa versão, mas o sentido comum, e a própria Razão, da qual, penso, estou dotado, como ser inteligente,nega-me tal boa -vontade.
ResponderExcluirDe facto, ninguém entende , lendo o texto "desculpatório " que, sendo a tal montagem considerada "...uma foto asquerosa do ponto de vista de tudo, concepção, conteúdo, apresentação e identificação. " venha a ser publicada, por algum misterioso descuido da redacção, tão incompetente, que não se deram conta do conteúdo da publicação, seja ao nível de paginação, revisão, e leitura do primeiro exemplar.
Só mesmo quem nunca passou na redacção de uma publicação, pode acreditar em tal patranha e embuste.
A leitura deste texto posterior, e que " deveria acompanhar" a tal "asquerosidade", porque, dizem, "..não podemos de modo algum anuir a este tipo ignóbil de actuação de baixa estirpe " é pateta, e patética.Vil.
Como angolano, ofende-me tais pretensões de minimizar a pouca inteligência que os deuses me concederam, e espero, antes de tudo o mais que, Justiça seja feita, e com o rigor que este atropelo grosseiro às nossas instituições e figuras públicas, merece.
Há assuntos que ultrapassam a opção partidária, e são ultrajes públicos que a todos ofendem,
Com , ou sem desculpas amanhadas,agora resta dar espaço à policia de investigação, à Procuradoria Geral da República, e aos Tribunais desta República.
" Observador Independente".
António Setas
ResponderExcluirEste camarada, que não tem nome e é simploriamente "Obser
vador Independente" (OI), tem o dom da sapiência infusa. Parabéns.
Na nossa ignorância endémica, dizemos que não vale a pena bater na tecla do puritanismo ideológico. Ter a hombridade de reconhecer os seus erros não deslustra ninguém. Daí a considerar ser um crime o que simplesmente é um erro reconhecido pelo seu feitor, há uma margem, um limite, que o OI não respeitou. Aceito as suas críticas, mas não a sua sentença. Bom Ano Novo para si e para os seus.