Quando os deputados da UNITA abandonaram a sala do Parlamento em sinal de protesto contra o modo de o MPLA gerir a preparação do processo eleitoral de 2012, que eles consideram ser uma violação da constituição de Angola, alguns dos deputados mais radicais do MPLA desceram aos mais baixos níveis do saneamento básico da política, ao tratarem os deputados da UNITA de sulanos. Em seguida, avançaram, peito avante para justificar a prepotência do seu partido, os dois espadachins da retórica enviesada do MPLA, Virgílio Pereira, “Gigi”, e Bornito de Sousa, respectivamente chefe da bancada do MPLA no Parlamento e ministro do MAT, que se mostraram indignados perante, a seu ver, tão despropositada atitude. O fiel Gigi fez lembrar aos deputados presentes e aos telespectadores da grande Angola que tivessem sintonizado a TPA, que a bondade do MPLA dificilmente teria podido ir mais longe. Se o partido quisesse faria tudo mais ou menos sozinho sem dar cavaco a ninguém. Mas, não senhor, desdobrou-se em manifestações de conciliação à procura de consensos com todos os outros partidos políticos e de todos eles obteve anuência, excepto desses da UNITA que, decididamente, não mudam.
Bornito de Sousa optou por outro registo, não abundou na benevolência do MPLA, pelo contrário, atacou. Disse, entre outras banalidades que seria impensável integrar na CNE representantes de partidos políticos, pois nesse caso passariam a ser, ao mesmo tempo, actores e juízes dos seus próprios actos e, logo a seguir, referindo-se à possibilidade se haver representantes da sociedade civil no CNE, o ministro saiu-se com uma escovadela ao Executivo, “Como assim, se ela tem em duas das suas principais entidades, as Rádios Despertar e Ecclesia dois órgãos de comunicação social que dizem desde há muito tempo que as próximas eleições serão fraudulentas…”
Quanto aos argumentos apresentados pela UNITA, os dois espadachins nem lhes tocaram, tendo, evidentemente, relegado com grande desenvoltura para o reino do esquecimento total todos os atropelos cometidos pelo Executivo, que não são poucos, na pré-preparação do futuro acto eleitoral de 2012 (ler o artigo “O estrugido já está feito, agora é só cozer).
As vergonhas de Angola
Esta é do Reginaldo Silva, que esteve de visita aos EUA. Não resistimos à tentação de publicar um texto da sua lavra, que nos revela até que ponto a Angola “Eduardina” é apreciada nos USA.
«No primeiro dia desta minha terceira deslocação aos Estados Unidos, a segunda depois do 11 de Setembro, visitei na mundialmente famosa Pensilvânia Avenue o NEWSEUM. É um museu dedicado aos médias norte-americanos, mas não só. Considerado como sendo a nível internacional o mais interactivo dos museus, o NEWSEUM é uma das centenas (ou mesmo milhares) de estruturas do género que povoam a paisagem cul...tural dos EUA e muito particularmente da sua capital, a cidade de Washington DC.No NEWSEUM encontrei Angola, por sinal muito mal representada, para não variar. Encontrei Angola nos nomes de vários jornalistas assassinados no nosso país, por razões até hoje não esclarecidas. Ricardo de Mello é um destes jornalistas que representa pelas piores razões Angola no NEWSEUM. Alberto Chacussanga da Rádio Despertar, assassinado mais recentemente, é outro rosto que fala da violência em Angola contra os jornalistas. Dos assassinados, Chacussanga é o único dos angolanos que tem “direito” a fotografia no mural dos profissionais desaparecidos ou feitos desaparecer em todo o mundo. Encontrei ainda Angola representada no mapa mundial da liberdade de imprensa num continente onde o Mali, Gahana, Cabo-Verde e Maurícias, pintados a verde são únicos considerados países livres. Depois existem mais alguns poucos pintados a amarelo, onde a liberdade é relativa. Angola faz parte do grande mapa africano pintado a vermelho onde não existe liberdade de imprensa. Esta secção do mapa é integrada pela maioria dos países do nosso continente. Também é esta a imagem que o nosso país vende para o exterior…See More».
Foto: Reginaldo Silva
Aviso às clínicas de luxo: não matem mais gente
Por ser de utilidade pública e quase totalmente ignorada pelas clínicas privadas, e se apresentar aos olhos, ou melhor, aos ouvidos de uma esmagadora maioria de cidadão angolanos como uma espécie de Top Secreto escondido, o Folha reitera o aviso já dado nesta página aos utentes desse tipo de estabelecimentos médicos a propósito do articulado da lei nº 3359 do 07/01/02, que foi publicado no Diário da República em 09/01/02 e dispõe o seguinte, atentem bem:
Art.1° – Fica proibida a exigência de depósito de qualquer natureza, para possibilitar internamento de doentes em situação de urgência e emergência, em hospitais da rede privada.
Art 2° - Comprovada a exigência do depósito, o hospital será obrigado a devolver em dobro o valor depositado, ao responsável pelo internamento.
Art 3° - Ficam os hospitais da rede privada obrigados a dar possibilidade de acesso aos utentes e a afixarem em local visível a presente lei.
Art 4° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Isto é uma lei, minhas senhoras e meus senhores. Não deixem de prevenir todos os seus amigos, parentes e conhecidos, amigos e inimigos dos conhecidos, enfim, toda a gente que se encontre no caminho de cada um, a fim de evitar que abusos dessas clínicas de luxo se reproduzam como até esta data e já foram causadores de morte de muitas pessoas mais carentes. Uma lei como esta, que deveria ser divulgada, está praticamente escondida da população! E isso vem desde 2002. Estamos em 2011.
Foto: Uma clínica de luxo, ou médicos
A guerra e a Palanca Negra Gigante
Estamos em crer que nos tempos que correm já podemos soltar um suspiro grande de alívio a respeito do perigo de extinção da palanca negra gigante das savanas e pradarias da nossa terra, mais precisamente de uma vasta área que vai das cercanias de Malanje a Pungo a Ndongo e mesmo para além desse sítio histórico. A verdade é que durante o conflito armado que assolou o nosso país, a UNITA, na altura liderada por Jonas Malheiro Savimbi, sempre foi acusada de ter eliminado o precioso animal. Chegou-se mesmo a falar dumas valentes churrascadas no meio do mato, numa degustação de carne de Palanca Negra com jindungo, à maneira da nossa terra. Depois, quando veio a paz, realizaram-se algumas expedições no sentido de localizar algures a Palanca Negra Gigante nas zonas que elas costumavam frequentar. Foi preciso a obstinação de um alto funcionário da Reserva da Kissama, exactamente Pedro Vaz Pinto, para termos hoje a prova da existência do nosso símbolo nacional em carne e osso, e não só, pois já sabemos que numerosas crias nasceram entretanto e que a espécie não se encontra (provisoriamente) em perigo de extinção. E agora lembramo-nos a rir do desejo que a ministra Fátima Jardim tomava por realidade quando afirmou num programa da TPA que Angola, apesar da guerra, das minas, das centenas de milhares de soldados e refugiados, apesar dos caçadores furtivos e do negócio dos caçadores furtivos e não furtivos, fosse como fosse, era um paraíso para os animais selvagens. E, no fundo, eis como ela, com palavras tortas falou certo, pois aí está a prova, apesar dos churrascos de Savimbi e de tudo o resto, ainda há Palanca Negras Gigantes em Angola. E se calhar até são felizes!
Foto: palanca
A maka do mecenato
Já nos foi dado a ver na televisão alguns espectáculos tragicómicos relacionados com o tema do mecenato, protagonizado por músicos que se queixavam de que era uma verdadeira tragédia para eles estar sempre à espera que aparecesse alguém que financiasse os seus projectos artísticos de emissão de novos CD’s.
“A Quente” temos uma boa receita a dar a esses músicos da nossa praça, e não só, também a realizadores de filmes, encenadores de teatro e artistas plásticos, que se debatem constantemente com dificuldades financeiras. É muito simples, basta que se dirijam a generais ou a polícias das mais altas patentes e lhes perguntem como é que eles fazem para conseguir obter dinheiro que chegue para a compra de novos meios rolantes para as FAA, por exemplo, para publicar revistas em papel cream-coat, de luxo, ou angariar fundos para festas de arromba. Esses generais e polícias do topo com certeza que não lhes esconderão como costumam fazer quando precisam de dinheiro, pois é simples dirigem-se a um empresa privada e solicitam um financiamento que custeie aquilo que eles desejam para as FAA ou para a Polícia Nacional. Bom, é verdade que para esse tipo de negociações é preciso ter jeito e os generais devem ter. Portanto basta imitá-los e, sabendo o preço que custa um camião militar, comparado ao preço de mil CD’s, acho que se os músicos conseguirem furar, vai haver música em Angola até ao terceiro milénio.
Foto: uma cena de concerto
As origens da anarquia no trânsito
Os polícias de trânsito, motorizados ou não, persistem em inviabilizar o trânsito normal de Luanda de várias maneiras diferentes: impondo disciplina na baixa, o que atrasa o trânsito, chegando por vezes a dar a impressão de que as artérias da Baixa de Luanda coagulam; ou suscitando a indisciplina desde que operem já fora do centro de cidade, numa caça sem mercê aos quase 4.000 candongueiro que se esqueceram de pagar a sua licença de aluguer. Aparecem nas paragens de autocarros e de taxis, sobretudo nos bairros periféricos, nas manhãs de cada dia, param nesses locais só para incomodar e poderem amealhar alguma coisa, quer dizer, uns bons milhares de kwanzas para os fins-de-semana. Quase se poderia dizer que são sócios dos taxistas sem licença. Entretanto, estes locais são considerados pelos taxistas como sendo incómodos, passe o eufemismo, e os seus carros, sobretudo os dos candongueiros, suspeitam da presença dos polícias e param em locais impróprios, o que leva muita gente a se lançar numa correria sem norte para apanhá-los algumas dezenas de metros mais adiante. A verdade é que os autóctones da periferia de Luanda todos os dias vivem uma verdadeira aventura e passam por transes existenciais inenarráveis entre as suas residências e os seus locais de trabalho.
Os D. Quixotes da PN
Aqui há uns anos atrás a Polícia Nacional começou a recrutar gente nova para integrar as suas brigadas de Viação e Trânsito e o Folha 8 não tinha resistido à tentação de revelar o lhe percorre a mente a propósito do semblante físico desses novos recrutas. Quase todos eles eram magríssimos... Ora vamos lá ver: mas que importância pode isso ter, o semblante físico dos novos e quase juvenis membros da Polícia de Trânsito? Nenhuma, nenhuma, estamos de acordo, mas mesmo assim, com tantos novos agentes de trânsito muito magrinhos, quase todos eles de alta estatura, com umas pernocas tipo pele e osso a nadar nas calças, o que muitas vezes se vê nas ruas de Luanda é um deles acompanhado por um kota da velha guarda, baixinho e rechonchudo, fazendo uma parelha parecida com D. Quixote e Sancho Pança.
Diga-se que nessa altura nos ficamos por esta observação, mas recentemente, esta semana, tivemos uma repetição dessas imagens do passado, pois vimos dois polícias, um kota pançudo e um trinca-espinhas a trabalhar em conjunto na via pública, e demo-nos a malucar que essa cena entra como uma luva na realidade angolana e corresponde perfeitamente à estória de Cervantes, inventor dessa parelha imortal. Veio-nos então à mente uma iluminação: O pançudo (Sancho Pança), realista, previne o magricelas (D. Quixote), tentando evitar que ele seja corrompido, Não te armes em herói, acabaram as gasosas, aplica a multa! E o magricelas a ripostar, Nada, eu sei que parecem carros, mas não são, os meus sonhos fantasmáticos aprenderam-me que é dali que vêm as gasosas. Tu já encheste a pança, Sancho, deixa-me trabalhar.
Semáforos polémicos
Regular o trânsito numa cidade cafarneónica como Luanda nem ao Diabo viria a ideia. Mas é preciso fazê-lo e para isso é que há a tecnologia de ponta. Nessa linha de planeamento surgiu a ideia de instalar mais de 200 semáforos por essa cidade capital fora, numa insensata iniciativa para domesticar e regular o trânsito. Levantaram-se então vozes discordantes nos bastidores da Viação e Trânsito, cujo labor, convenhamos, é um trabalho titânico, merecedor de muito respeito Levantaram-se vozes discordantes, dizíamos, precisamente porque sobre esse ponto polémico dos semáforos para regular o trânsito numa cidade em que a energia eléctrica já de si é um desastre, seria provocar novos desastres. Mas os especialistas pagos pelos respectivos “Quens de Direito” asseguraram que esses novos semáforos iriam resolver todos os nossos problemas de circulação citadinos. Mesmo sem energia funcionariam, disseram eles meio a sério, meio a brincar, levando-nos a pensar numa outra tentativa de 2006, salvo erro, segundo um sistema accionado por energia solar. Era um projecto de vanguarda tecnológica que, finalmente, nessa altura foi aceite. Portanto, apareceu kumbú que saiu dos cofres do Estado. Normal. Mas o que não apareceu foram os semáforos. Agora é diferente, os semáforos apareceram, mas talvez fosse melhor que não tivessem aparecido. O angolano não é pessoa que obedeça a uma verga de ferro erecta com luzes em cima e o resultado é vermos um recrudescimento de acidentes por violação dessas luzes, ou melhor, de uma dessas luzes, quando o semáforo vira ao vermelho, e um afunilamento sustentado do trânsito, sobretudo nas horas de ponta.
Hélvio, o popó, a lagoa e o Jazz
A última novidade do cantor Hélvio é, curiosamente, uma canção já muito antiga apresentada agora com uma nova roupagem, como é de moda dizer-se nos tempos que correm, numa interpretação plena de sublimes fragâncias a pequena obra-prima. Trata-se daquela canção popular do chofer que tem de atravessar uma lagoa para levar o seu cliente a casa da sua mboa e, a certa altura, em que o cliente lhe pede para ir mais depressa pois não quer chegar atrasado ao encontro com a sua amada ele lhe responde que não ia meter o seu popó na lagoa só para ele (o cliente) dar show. E o Hélvio, com a quela voz rouca que lhe conhecemos, dá-lhe o toque surpresa, transformando a canção popular em melodia de jazz de primeira água, com variações improvisadas, aparentemente é claro, que lhe dão um encanto verdadeiramente irresistível.
A arte de falar em público
No passado dia 17.02, um ilustre desconhecido cantor Boss AC (peço desculpa se não é assim o nome exacto) veio a público, no decurso de mais um desses programas “people” do canal 2 da TPA dizer o que pensava de uma data de coisas, a falar bem, de resto, mas numa atitude que de imediato fez pensar na maneira de se exprimir de alguns dos nossos mais astutos homens políticos. A certa altura o apresentador pergunta-lhe como é que vai a sua vida familiar, que isso é uma coisa que os angolanos gostam de saber, o que há por trás da fachada pública de um artista que percorre meio mundo e é conhecido por toda a parte, saber se tem mulher, filhos, sentimentos e tudo o que faz um lar... E vai ele assim, quase tão bem, que digo, muito melhor do que os nossos melhores arautos da felicidade e banha da cobra em lata, que abrem a boca para não dizer nada: «A propósito dessa questão de saber se tenho mulher, filhos e tudo isso, só posso dizer que não fumo, não bebo e tento levar uma vida regradinha, bem saudável».
O gato bode espiatório
Os gatos são certamente os animais domésticos mais agradáveis e de mais fácil trato. Silenciosos, limpos, amigos e fiéis ao seu mestre se este não os maltratar, ainda por cima afugentam de casa tudo o que seja animal daninho, como ratos, ratazanas, centopeias e outras baratas. Mas a verdade é que quase ninguém no nosso país gosta de gatos.
Numa das nossas edições de há três anos, inserimos uma notícia que dava conta da morte da Dona Judite provocada por um gato, dizia-se. Esta senhora, vítima de um trombose, um dia estava sentada no sofá da sua sala, quando um gato se introduziu casa adentro. Ao ver o bicho, a senhora apanhou um tremendo susto e a sua vida foi-se a Deus. A culpa foi do gato, disseram. Coitado, ele que só tinha entrado para tentar chegar às filhós. Pois é, mas foi um caso sério, a pontos que o dono teve que jurar sobre a bíblia que não tinha dado ordem ao gato para matar a dita senhora.
Nos dias de hoje, segundo apuramos, há um gato que ronda os tectos das casas, voando, ali para os lados do aeroporto. Toda a gente quer matar o gato. Na ilha de Luanda muito boa gente põe sempre uma panela ao lume com água, para fervê-la e depois lançá-la para cima de seja que gato for que apareça. Mas porquê!?, se os gatos nunca fizeram mal a ninguém, a não ser arranhar aqueles que os querem forçar.
Deputado condenado a 8 anos de cadeia
Calma, calma!...Não é em Angola. É que se fosse, e se os motivos fossem os mesmo que os que motivaram este encarceramento, nem as nossas 40 páginas chegariam para dar a lista dos condenados que mereceriam sofrer a mesma pena em Angola. Aconteceu nos Estados Unidos.
O ex-congressista republicano Randy "Duke" Cunningham, que acumulou 2.4 millões de dólares em casas, iates e mobiliário antigo por exclusiva via de subornos, foi condenado a oito anos e quatro meses de prisão no que foi uma sentença sem precedentes na história do Congresso dos Estados Unidos da América, por ser a mais pesada jamais pronunciada contra um dos seus membros. O ex-congressista aceitou importantes somas de dinheiro por parte de diversos empresários, a fim de lhes serem concedidas vantagens decisivas em contratos governamentais. Cunningham, que se demitiu, escapou em todo o caso à pena máxima do juiz Larry Burns. Este caso é um dos muitos escândalos relacionados com legisladores republicanos que abandonaram o partido por, num primeiro tempo, temerem uma possível vitória democrata nas últimas eleições realizadas nos EUA, e em seguida, por terem sido postos de parte como políticos no activo no seguimento da eleição de Barak Obama como presidente da República.
Uma família perseguida
Após ter passado sobre o regime de JES a borrasca do Angolagate, e como se essa empreitada não fosse o bastante para macular o seu nome, eis que um dos seus filhos, o mais velho, José Filomeno Sousa Santos, “Zenú”, resolve provar que filho de peixe sabe nadar e mete-se a gerir capitais e a abrir, em toda a simplicidade, um banco, o Quantum, que, num repentino virar de vento, passou a chamar-se Banco Kwanza Invest.
Com que dinheiro Zenú pôde abrir um banco, e ainda por cima, banco de milionários, topo de gama, não se sabe e talvez seja melhor não saber, o que veio à luz, intermitente, foram as suas diversas cumplicidades, entre as quais se salienta a de Ernst Welteke, ex-presidente do Banco Central da Alemanha que passou a ser PCA não executivo do banco de origem suíça, o Quantum, supervisado por Zenú e agora naturalizado angolano, o Kwanza Invest, num exercício de clonagem perfeitíssimo. Recentemente, o Folha 8 publicou um artigo sobre esse banco Quantum, dando conta de um trabalho de investigação que tinha já chegado à conclusão que não passava de uma lavandaria de dinheiro sujo. Em Angola não apareceu ninguém, nem alma penada a incomodar ou a ameaçar o Folha 8 depois de o nosso jornal ter publicado esse artigo dum jornalista angolano instalado na Alemanha, mas reacções houve no país de Ângela Merckel, por intermédio do banqueiro alemão, Ernst Welteke.
Porém, no início do mês Julho aconteceu uma espécie de golpe de teatro inesperado, quando a Procuradoria-Geral Helvética (ou Bundesanwaltschaft) confirmou o bem fundado das investigações em curso na Suíça contra Zénu dos Santos e seus sócios, da parte do qual se suspeita prática de "lavagem de dinheiro e grande corrupção" via a famosa Fundação Inovação para a África (= Afrikanische Innovatsions-Stiftung), baseada na cidade de Zurique, tal qual foi revelado pelo jornal quotidiano gratuito "20 Minuten" na sua edição electrónica (ou edição Online) do dia 15 de Julho de 2011. Ontem a justiça francesa a incomodar o pai, hoje a Procuradoria suíça a incomodar o filho, agora só falta que incomodem a Isabelinha. De certeza que é mais um complot internacional contra Angola!
Imagem: Parte do poema Infância Perdida de Ernesto Lara Filho
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O Deputado Diarreia
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O deputado do MPLA, Virgílio Pereira,
usou o termo "diarreia"
numa intervenção que fez no parlamento.
Há quem critique essa verborreia
afirmando que ele deveria
ter mais tento
e usar a palavra disenteria.
Nesta democracia,
com um só a mandar,
por muito mal que isso pareça,
os deputados devem declarar
o que têm na cabeça.
António Kaquarta