Os observadores internacionais encarregados de supervisionar o acordo de paz do Darfur exigiram no 16 que os ‘capacetes azuis’ da ONU tenham acesso ilimitado a esta região do Sudão, acusando face as restrições o governo sudanês de travar os movimentos da missão de manutenção de paz no Darfur (MINUAD), onde os confrontos se intensificaram, numa altura em que as negociações de paz estão em 'ponto morto'.
Segundo os termos do acordo de paz assinado em Doha, no Qatar, em fins de Julho, entre o governo sudanês e uma coligação de pequenas facções rebeldes do Darfur, as tropas da MINUAD têm “liberdade total de movimento em todas as zonas” da região.
Os observadores “exprimem a sua inquietação relativamente às restrições de movimento impostas” à missão de manutenção de paz da ONU no Darfur, afirmou o presidente da comissão encarregada de fiscalizar a aplicação do acordo, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Ahmed Bin Abdullah Al-Mahmoud, que apelou às partes signatárias a “respeitarem as suas obrigações”.
Além do chefe da diplomacia do Qatar, a comissão reúne outros diplomatas árabes, ocidentais e asiáticos. O Darfur está desde 2003 em guerra civil, que já causou pelo menos 300 mil mortos, segundo a ONU, com o governo sudanês a contrapor dez mil.
A MINUAD, força conjunta das Nações Unidas e da União Africana, conta com 17 mil soldados e cinco mil polícias, que têm como missão proteger a população civil.
Na reunião do Conselho de Segurança da ONU, realizada no 11, o chefe da missão, Hervé Ladsous, disse que “as restrições sobre voos e patrulhas terrestres nas zonas de conflito impediram gravemente” a missão da MINUAD.
O acordo de paz do Darfur não foi assinado pela organização mais militarizada da região, o Movimento para a Justiça e a Igualdade, e por duas facções do Exército Sudanês de Libertação do Darfur.
O convénio foi apenas subscrito pelo governo sudanês e pelo Movimento de Libertação para a Justiça, uma coligação de pequenas facções rebeldes do Darfur.
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