A Verdade sobre a mentira

“ Não alcançamos a LIBERDADE buscando a liberdade, mas sim a VERDADE, a liberdade não é um fim, mas sim a consequência”. – Léon Tolstoi

“…E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. – Jesus Cristo, consolando os seus discípulos.

“SEU mentiroso!” Alguém já lhe dirigiu essas palavras dolorosas? Se já, com certeza você conhece o impacto emocional que elas têm.

Nguituka Salomão

Assim como um vaso que gostamos muito pode se espatifar se for derrubado no chão, uma amizade que prezamos também pode ser arruinada pela mentira. É verdade que, com o tempo, talvez seja possível sanar o dano, mas o relacionamento pode nunca mais ser o mesmo.

“Quem descobre que foi enganado”, diz o livro Lying – Moral choice in public anda private life(A mentira: Opção moral na vida pública e particular) “desconfia de novas propostas. E avalia suas crenças e ações do passado á nova luz das mentiras descobertas.” Quando a verdade aparece, o relacionamento que antes florescia com uma comunicação franca e de confiança pode ser sufocado pela amarga suspeita e pela dúvida.

Com tantos sentimentos ruins provocados pela mentira, temos de perguntar. “O QUE FAZER? Quando nos deparamos com a mentira?”

“A mentira se institucionalizou de tal jeito”, comentou um articulista do Los Angeles Times,“que a sociedade está em grande parte dessensibilizada em relação a ela”. Muitos HOJE associam automaticamente a política e os políticos á mentira e têm bastas razões para assim pensar, mas é verdade que líderes religiosos estão entre os maiores mentirosos da história da humanidade.

Os líderes religiosos que se opunham a Jesus espalharam mentiras sobre ele durante o seu ministério na terra, Jesus denunciou-os publicamente dizendo “Vós sois de vosso pai o diabo, e quereis fazer os desejos de vosso pai … quando fala a mentira, fala segundo a sua própria disposição, porque é um mentiroso e o pai da mentira”- João 8:44.

Lembra-se da mentira divulgada quando o túmulo de Jesus foi encontrado vazio depois da sua ressurreição? A Bíblia diz que os PRINCIPAIS SACERDOTES judaicos “deram aos soldados um número suficiente de moedas de prata e disseram “Dizei; ‘seus discípulos vieram de noite e o furtaram, enquanto dormíamos” Essa mentira se espalhou e muita gente foi enganada por ela. Como eram perversos ‘aqueles’ líderes religiosos! – Mateus 28: 11-15

A exemplificada ação descrita acima enquadra cruamente líderes religiosos na CORRUPÇÃO, trapaça e fraude numa palavra; Mentirosos. Muito do mal ‘produzido’ no mundo com consequências absolutamente nefastas e extremamente dolorosas, poderiam ser evitadas se Lideres religiosos simplesmente se abstessem da mentira, para exemplo cito as guerras religiosas que dilaceraram o Reino Unido durante décadas entre os católicos e os protestantes bem como no ‘mundo’ árabe entre os xiitas e os sunitas etc., etc.

Por vezes temos sérias dificuldades de ver os sacerdotes de qualquer religião ou os seus principais líderes como TRAPACEIROS, mas a verdade dos factos, o “texto e o contexto” a que por vezes (ou na sua maioria) encontram-se inseridos, não nos deixa margens para dúvidas. Quero aqui realçar dois aspetos referente a religião em Angola, que me chocaram grandemente durante o ano 2011.

Rádio Eclésia

A rádio mais antiga de Angola, e pelo que parece a rádio que tem sabido sobreviver na maré da mentiria e estultícia noticiosa que nos invade diariamente da imprensa oficial e bajuladora ao serviço do regime, a comunicação social que nunca esteve ao serviço da sociedade.

A eclésia tem sido “um copo de água refrescante” sob o ‘sol’ tórrido de ilícitas manipulações, com vista a impedir que a VERDADE alcance o comum cidadão e cubra com o seu manto a sociedade, protegendo-o da infame MENTIRA que tem sido o dia-a-dia da (des) governação de JES e do seu MPLA constituída de gangsters e Mafiosos que há muito se desassociaram do povo e banalizaram os interesses mais sagrados da Pátria de Ngola Kiluanje Kiá Samba.

A Eclésia á muito deveria ‘cobrir’ integralmente o território Nacional, para o bem da comunicação diversificada e plural e para o desenvolvimento mais salutar da democracia. Porem há mais de 20 anos que o povo espera pacientemente a extensão desta rádio também nas suas localidades e que “definitivamente ‘saia’ de Luanda.” É triste porem concluirmos que alguns Líderes da igreja católica, não estão interessados na expansão da rádio eclésia, estão interessados sim na continuação do ‘status-quo’ atual, e que o MPLA-JES continue a dominar quase em exclusivo a comunicação dita social. Líderes religiosos da igreja católica ‘alinham’ com a política do MPLA-JES, são membros do comité de especialidade.

A exemplo do acima descrito, podemos aferir que com raras exceções vindas das províncias, nunca os líderes religiosos de qualquer igreja e sobretudo os católicos, interviram publicamente a favor dos pobres e contra a corrupção que grassa criminosamente no País, a causa de milhares e milhares de mortes de pessoas inocentes (as ovelhas) fundamentalmente de crianças, a única ‘coisa’ que fazem é distribuir insípidas e tímidas conclusões – após cada CEAST ou algo parecido - de ‘alerta’ sobre o atual estado da Nação. Porem por outro lado, temos visto do púlpito das igrejas sacerdotes a tomarem publicamente posição a favor do regime, e infelizmente vamos ver tal com mais frequência a medida que se vai aproximando as eleições. Houve quem do púlpito “berrou histericamente” xinguilando em defesa do regime; Em Angola não há pobreza.

A igreja (qualquer que seja) nunca denunciou a corrupção e a fraude, em defesa dos pobres. É corrupto o praticante da ação e também aquele que se apercebendo do que se passa a sua volta, mantém propositadamente um silencio cúmplice quer dizer aquele que sabendo da ilícita pratica não o denuncia publicamente, as sagradas escrituras alerta; “Quem sabe o bem e não o prática, esta pecando”

Ouvimos muitas vezes alguns líderes de igrejas a reprovarem o surgimento como cogumelos de outras fações religiosas (a concorrência) a que eles chamam pejorativamente de ‘seitas,’ entre outras ‘coisas’ não será que tais seitas têm surgido por as pessoas se sentirem espiritual e emocionalmente desiludidas e dececionadas com as chamadas religiões tradicionais? Por não encontrarem solidariedade as suas ansiedades dos chamados ‘pastores’? O que faz o pastor quando a sua ovelha está ameaçada pela aproximação do lobo ou de qualquer predador? A desculpa de que a religião não faz política, é das maiores mentiras ‘religiosa’ da humanidade. A politica e a religião são duas faces da mesma moeda, não dizem ‘ambos’ que; ‘visam o bem-estar do homem’?

A igreja Católica se de facto estivesse interessada na expansão da eclésia, há muito já teria pressionado o regime para a necessária permissão oficial. Ouvimos com desgosto há tempos de certo bispo de que tal ‘ainda’ não aconteceu porque a chamada LEI DA IMPRENSA ‘ainda’ não foi discutido e aprovada na Assembleia Nacional! – O citado bispo deve ter o corpo em Angola e a ‘mente’ em Marte, só pode ser. – A não aprovação da célebre Lei da imprensa não impediu que a RÁDIO MAIS fosse implementada e instalada em Luanda, Benguela, Huambo, Huila, Malange e… por outro lado, se tal depender da Assembleia e com a batota eleitoral do MPLA-JES para a manutenção entre aspas de maiorias ‘esmagadoras’ a tal lei só vai ser discutida e aprovada quando o muçulmano de todo o mundo, fazer a peregrinação em Roma e não em Meca.

Agora fala-se da implementação e expansão sim, das denominadas rádio diocesana, não sabemos o que será isso na prática, não será uma ‘armadilha’ dos membros do comité de especialidade no interior da igreja, mandatados pelo CC do MPLA-JES, para que esta não tenha a mesma ‘composição editorial’ da eclésia, que tem sido uma autentica dor-de-cabeça para o MPLA-JES?

A explicação do bispo quase que soou a ‘justificação’ a favor do regime. A igreja católica QUANDO QUISER saberá fazer uso dos ‘trunfos’ que possui para “obrigar” o regime a ‘autorizar’ a expansão da eclésia. Bem dito foi a proposta do pároco da Pópulo em Benguela (mais uma vez Benguela) a solicitar aos fieis uma petição ou abaixo-assinado com vista a extensão da eclésia, pois provavelmente o pároco James Flynn já se apercebeu que a contar com a ‘cabeça’ da igreja NADA FEITO, porque? Porque eles fazem política a favor do regime.

As manifs da Juventude

Diante da saturação popular e elevada degradação dos níveis de vida da sociedade Angolana, sendo os jovens uma das principais vitima, os jovens manifestaram-se várias vezes durante o ano de 2011, o regime ‘caiu’ sobre os jovens com toda a fúria possível, engendrou macabros e trapaceiros julgamentos, tudo isso; “sob o olhar silencioso das várias igrejas” pastores houve que utilizando o refrão dos Bentos do regime aconselharam a ‘sua’ juventude a absterem-se de apoiarem as manifestações pacíficas, em nome de uma pretensa ‘ordem’ que produz FOME, corrupção, miséria, sofrimento e violência.

Lembram-se do sacerdote nos anos 90 em Luanda, colou na sua viatura vários panfletos a denunciar a pobreza e a corrupção, dirigindo a sua viatura propositadamente de forma ‘ostensiva’ para os locais públicos? De uma coisa estou absolutamente certo Frei João Domingos não deixaria tais factos passar “sob as suas barbas” sem fazer uma vigorosa intervenção a favor da JUSTIÇA. Precisamos de um Cónego Manuel das Neves para organizar não um 4 de Fevereiro com ou de catanas, mas sim de pressão pacífica 32 anos BASTA!