O ano 2011 terminou e já navegamos em 2012, com esperanças renovadas de podermos ter mais alegrias e menos desaires nos 12 meses que se seguirão, porque os outros morreram e deles restam as gratas lembranças.
Em todos os momentos da minha vida, sempre assumi, verticalmente, as minhas convicções, posições e erros, nunca me escondendo por detrás de pseudónimos ou outras “sarjetagens”. Por esta razão condeno quem assim proceda para exprimir alguma convicção voluntariamente dolosa para outrem.
E, hoje e aqui, não deixo de condenar quem por intermédio da internet, publicou recentemente uma foto-montagem onde aparecem o Presidente, José Eduardo dos Santos, o vice da República, Fernando Dias dos Santos e o chefe da Casa Militar, Manuel Hélder Vieira Dias Júnior“ Kopelipa”,c om um cartão colado ao peito.
Não que esteja de acordo com as acções desenvolvidas por cada um destes ilustres, mas daí a apoiar esta tese ignóbil, ou ter respaldo no F8, vai uma grande distância, por ela se esconder no anonimato e a nossa luta contra a má governação e a corrupção dever, para ser credível, ter rosto e uma voz.
Assim, mesmo na distância da minha recuperação clínica no estrangeiro, não deixo de manifestar veementemente a minha condenação a esta forma de oposição de sarjeta.
Se quisermos credibilizar os nossos actos devemos assumi-los, publicamente, e não fazer como a avestruz, meter a cabeça na areia, deixando o rabo de fora. É isso mesmo que F8, me garantiram os meus fiéis colaboradores, pretendia fazer na semana finda, mas uma falha técnica fez com que o nosso texto condenatório a esta forma de fazer política, mesmo na internet, não acompanhasse a apócrifa foto.
Por esta razão nos penitenciamos e, no espaço devido verteremos o nosso pensamento sobre a política de sarjeta, que grassa pelas nossas tribos ideológicas.
A política deve ter rosto
F8, manteve a sua veia identitária num ano em que teve a sua maior provação, não só resistindo à discriminação institucional do regime, exercida no sentido de o fazer sucumbir com a retirada da publicidade pública e privada, como ainda de o processar judicialmente.
Angola está a virar uma página da sua vida, em que todos devem assumir de cara levantada as suas convicções. Os que querem a mudança de regime e os que não a querem, por acreditarem ser divina a sua perpetuação no poder.
Chega de clandestinidade de sarjeta quando em causa está a cidadania e os direitos mais elementares da maioria dos autóctones. Quem quer criticar deve dar a cara e assumir o que acha de errado, pois pese a baixaria dos políticos no poder quem os quer substituir ou criticar deve ter uma certa elevação.
O jogo sujo de ofender personalidades políticas, ainda com responsabilidade no poder, não enaltece os que assim agem, pelo contrário coloca-os a um nível mais baixo do que quem eles criticam.
Goste-se ou não do Presidente da República, ele ainda é o chefe de Estado de Angola, tal como o vice-presidente e o chefe da Casa Militar, logo mesmo na crítica devemos ter uma certa contenção. Por esta razão, F8 condena com veemência esta foto cruel que está na internet.
Quem quer que seja que a tenha criado e acredita poder ser este o destino destes três políticos amanhã deveria ter a honraria de dar a cara, assinar por baixo e dizer com que dados se inspirou para criar a charge.
Em 2012 devemos nós, todos os órgãos de imprensa escrita e os blogues da internet, mudar de atitude e não dar credibilidade a este tipo de notícias, se realmente queremos mudanças.
Angola vai mudar e só mudará com rostos e líderes conscientes da verdadeira angolanidade.
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