“ se governei bem, é porque antes de me sentir Presidente, senti-me um cidadão comum...se governei bem, é porque, antes de me sentir chefe de Estado, senti-me um chefe de familia, que conhecia bem as dificuldades dos seus irmãos..” – Lula da Silva
Nguituka Salomão
Na realidade, não é objetivo de um governo trabalhar em prol dos seus súbditos? O bem conhecido Estado-Unidense George Washington disse certa vez; “a felicidade da sociedade, isto é do povo deveria ser o objetivo de todo o governo”. Tal objetivo devia ser realizado com altruísmo e esforço sincero, trabalhando para a consumação da felicidade do povo isto é de TODOS, e não como que se estivesse a “prestar um incómodo favor a sociedade, ou que considere tal como uma ‘inevitável’ maçada”.- É possível governar para o benefício de todos?
Em Angola, quando se inaugura um chafariz, uma sala de aula, um posto médico, um hospital, uma estrada, um edifício, enfim… é maldosamente enquadrado na ‘benevolência’ e extrema ‘santidade’ de JES, não se apresenta a obra (na sua maioria descartável e imprestável) como enquadrado dentro das OBRIGAÇÕES do governo em geral e de JES em particular, como funcionário Nr 1 do público a quem ele ‘prometeu/jurou’ servir (a verdade é que nunca prometeu/jurou) aufere um ‘gordo’ salário e correspondente mordomias principescas para “trabalhar o tesouro nacional – propriedade de todos nós – para o bem público, para o bem de TODO o povo”. JES nunca ou á muito desabituou-se a sentir-se como um servidor público e muito menos como um cidadão comum, julga-se um ‘iluminado ou deus encarnado’ assim pensa estar acima inclusive da nação.
O pior é que os zombies que formam a nuvem de bajuladores, espalham cinicamente a ideia de que as parcas e imprestáveis obras de JES em algumas localidades do País, são suficientes e que “JES e o governo estão ‘incansavelmente’ a trabalhar para o povo e que a ‘desgraça’ do povo é apenas o destino inevitável e que tal não depende de JES”, tal é apoiado pelo comité de especialidade da igreja.
Os sucessivos governos do MPLA-JES e o próprio JES, utilizam o tesouro nacional como se fosse exclusiva propriedade dele e da sua família, não prestam contas a nação, ninguém (do povo) sabe como são geridos “o nosso dinheiro/a nossa riqueza”, vemos impotentes, a família de JES e de seus esbirros (os desfalques e os apetites aumentam) a “engordarem” ilicitamente cada dia, cada mês, cada ano que passa, com o dinheiro de todos nós, e o povo a “emagrecer” muito miseravelmente, milhões de compatriotas sobrevivem com menos de USD2 por dia.
Uma Angola de todos nós como concebido pelos heroicos combatentes da libertação colonial, ainda não esta concebida, JES e o seu MPLA ainda não conseguiram – nem por 1/3 - repor os níveis de vida que a administração colonial ‘deu’ as populações de Angola e o ritmo de desenvolvimento socioeconómico imprimido pelo governo colonial no período de 1963 – 1973, um desenvolvimento multifacetico, pujante e agressivo em todas as direções e recantos do País, e isto num período de apenas 10 anos e em guerra; DESEMPREGO? Zero…aglomerados urbanos e industrialização? Surgiram e desenvolveram-se como cogumelos…Estradas (boas e duradouras)? Angola teve a melhor rede viária da Africa subsariana… Hospitais?... Olhem ao vosso redor alguns ainda estão bem visíveis, apesar da degradação e falta de manutenção…Escolas? Idem sem aspas…FOME? 2% (muito provavelmente) só para os preguiçosos, e as zonas afetas a guerra, Angola era o segundo maior celeiro de Africa…Sanidade pública?... Perguntem aos mais velhos, como estavam estruturados os célebres musseques da capital (exemplo) em comparação com o de hoje. A maior parte das doenças virais estavam debeladas, ou quase extintas como o PALUDISMO e a ‘horrenda’ doença da mosca tsé-tsé (esta ultima estava acoitada apenas numa única comuna da província do Uige), que causam hoje uma mortandade assustadora e sofrimento de arrepiar. Mais exemplos?... chega! Vamos enumerar os FEITOS da governação do MPLA-JES?.. Temos que buscar uma lupa primeiro.
GOVERNAÇÃO COLONIAL versus GOVERNO MPLA-JES
Quase que diria que a governação colonial ou o seu resultado, aproximou-se com muito mais realidade de uma; “Angola para todos” do que a governação do MPLA-JES em 36 anos de independência, e este tinha/TEM a obrigação de trabalhar mais e melhor para o bem-estar do povo do que o inteiro sistema colonial, por isso o povo ‘correu’ com o colono para que Angola sob a ‘nossa’ administração construísse uma ANGOLA PARA TODOS, a Angola que sonhamos, onde a distribuição da riqueza fosse mais justa, do que na chamada era colonial. E atenção a administração colonial fez o favor entre aspas de preparar minuciosamente as bases para tal tarefa da chamada administração nacionalista, e tratou de elaborar inúmera bibliografia a respeito e para a devida continuidade, a “tarefa estava técnica e intelectualmente – cientificamente - facilitada até ao mais ínfimo pormenor.” Em todas as áreas.
Durante o jugo colonial este não praticava a correta distribuição da nossa riqueza, eles ficavam com 70% e davam 30% ao povo (o MPLA prometeu a igualdade integral, e a proporção HOJE – vou exagerar a percentagem para o povo- é JES e família 98% para 2% destinado ao inteiro povo de Angola). Por isso o resultado da governação HOJE é visível miséria endémica, é assim que pretendem ‘erguer’ o homem novo e realizar o sonho de uma Angola para TODOS? O segredo de tal realização está na consequente distribuição justa da riqueza de TODOS NÓS, se assim é onde está localizado o fator impeditivo da concretização do sonho?!..
Na era colonial o povo não se deliciava com as iguarias dos ricos (eram ricos, não porque roubavam do erário público, mas sim porque produziram de facto riqueza) é verdade que o colonialismo pagava salários baixos (e que salários estamos a usufruir HOJE sob a administração do MPLA-JES?), porem os níveis de vida de então era possível enfrenta-la no bom sentido com tais baixos salários (Angola hoje, é o pais mais caro do planeta, com um salário mínimo equivalente a USD 100), durante o sistema colonial o pobre comia sem qualquer problema o seu “funje com peixe seco e jimboa”, no geral tinha as 3 refeições por dia, e crescemos robustos. Naquela época a ‘gozar’ dizíamos jocosamente que o branco era fraco, porque não comia funje. E então? Quantas refeições dia, têm hoje a maioria esmagadora do povo? Por outro lado praticava-se de facto a caridade havia centros sob a administração colonial que distribuíam refeições diárias aos mais carenciados, uma sopa farta e saudável, pão e leite, tais centros existiam em todas as cidades de Angola, o que se pratica HOJE? Se até a comida dos hospitais é criminosamente desviada, e dão aos pacientes incluindo velhos debilitados, mulheres gravidas e criancinhas uma ‘mistela descolorida e ranhosa’ que chamam de ‘comida’.
É isto saudosismo? Então sou saudosista porque aspirei nível de vida melhor a que observei em primeira mão na administração colonial, por outro lado qualquer governação é feita de factos e julgada por tais factos e assim comparada com outros governos por isso estabelecer-se os rankings de governação. 10 Anos de paz? Por isso citei propositadamente a era da pujança da administração colonial num estado de guerra que ‘elaboraram’ as bases que o MPLA-JES propositadamente descurou, e cito LULA como as balizas do presente artigo? Não são aceitáveis?
Pode ser que os defensores de JES digam; “bem! Herdamos uma Angola sem quadros, e tivemos primeiro que forma-los e…blá-blá-blá.” Onde estão os quadros que formaram em 36 anos de independência? Os competentes e inteligentes, foram simplesmente escorraçados, aprisionados por ‘atreverem-se’ pensarem diferente e muitos deles mortos ou obrigados a exilarem-se para a salvaguarda da sua integridade física. Arregimentaram a sua volta os bajuladores, incompetentes, preguiçosos, glutões, beberrões, violadores de crianças/pedófilos, destruidores de famílias, incitadores da prostituição e da mesquinhice, mentirosos, hipócritas, feiticeiros enfim… optaram por selecionarem os ‘melhores’ PODRES, para erigirem uma Angola só para eles e companhia limitadíssima. Por isso nem uma das universidades de Angola – quer estatal quer privada, estas últimas são centros comerciais - não constam (pasmem-se) nas 100 melhores universidades de África, onde constam Todas as 22 universidades Sul-Africanas, consta a universidade Eduardo Mondlane de Moçambique, e a de Harare do facínora Bob(o) Mugabe, amigo de peito de JES. Que qualidade de educação temos? Temo-la da espécie do governo; CORRUPTA portanto visceralmente podre.
Não foi para termos mais, cada vez mais e melhor nível de vida (e exigirmos sempre mais) que os chamados movimentos de libertação “fizeram propaganda politica” para a libertação nacional? Imaginemos se por exemplo o MPLA, fizesse uma proclamação semelhante a essa:
“ Povo Angolano, deixem as boas comodidades dos musseques venham para as matas para ‘enxotarmos’ o colono, e sermos nós a governar Angola, e quando ganharmos, primeiro seremos nós os dirigentes do MPLA a usufruir das riquezas, vamos deixar o povo na miséria, as estradas vão ficar cheia de buracos, o lixo vai encher os musseques, as escolas só será por esquemas, os mosquitos vão aumentar e o paludismo idem…
Com tal ‘publicidade’ quem iria acatar a chamada (des)patriótica mobilização? – Está na cara! NENHUM popular se ‘atreveria’ a integrar a luta de libertação entre aspas, e posteriormente a votar no MPLA. Obviamente que o MPLA fez publicidade a PROMETER O PARAÌSO e todas as delícias incluídas, “não é isso que o MPLA-JES faz, ano apos ano e no período eleitoral?” já nos lembramos em enumerar tais promessas e ‘cobrarmos’ as mesmas?
Angola para todos foi sempre o tema central das manifestações populares e da juventude em particular, uma Angola com mais Liberdade, sem fome e com mais justiça qual foi a reação de JES e seu governo? PORRADA “por refilarem das más condições ‘que estamos com ele’’. Um País com fome, indicia a falta de justiça e onde há injustiça obviamente não há liberdade… estes atributos encaixam-se como uma ‘luva’ no estado atual da nação, é “necessário governar para o benefício de todos e não apenas de umas poucas famílias. Quem governa simplesmente para os ricos o POBRE GEME, e quem governa para os pobres, o rico também beneficia, portanto governar para os pobres é em benefício de todos”. Que tipo de governo temos?
CONSTRUIR UMA ANGOLA PARA TODOS
“Nenhum governo vale mais do que a integridade dos homens que o compõe” disse certa vez John F. Kennedy o 35º Presidente Estadunidense. Queremos avaliar um governo? Óbvio comece por avaliar os homens que o compõe. Se os homens que o compõem são CORRUPTOS (podres!) o governo também é CORRUPTO isto é podre. Pode algo de bom (de proveito e útil) brotar de algo podre?
O projeto “uma Angola para todos” só é possível a sua REAL consumação; de homens impolutos, patriotas honestos, leais e sacrificados que têm o bem do HOMEM isto é do cidadão simples, sua principal meta, sua “bitola diária” ou permanente preocupação, homens dispostos a constante e permanente diálogo salutar ( não a espécie de diálogo de JES e esbirros, o ‘diálogo da porrada’), dispostos a ouvir de forma ininterrupta (se assim se pode dizer) o povão como diz o Brasileiro, referindo-se ao cidadão pé descalço/mais humilde, inteirar-se das suas dificuldades e necessidades para “em conjunto” encontrar-se melhores formas da resolução das dificuldades e a satisfação das necessidades, porque este último é o ‘elemento’ mais interessado neste desiderato, portanto não tem que ser excluído da governação, um bom governo é aquele que pratica pacificamente inclusão de forma natural, na busca de soluções dos “problemas do povo” e assim praticar o GOVERNO PARA TODOS.
O governo do MPLA-JES poderá cumprir com a meta acima traçada? Absolutamente não, porque como o disse a sua composição é PODRE, e tudo que é podre cheira mal, precisa ser ‘vassourado’ (julgados) e atirado para a lixeira, e ser “levado para bem longe” das pessoas sãs (para a cadeia), porque o podre contamina; não é gregário nem solidário, nem tão pouco incentiva e encoraja a solidariedade, numa palavra não é amigo da ‘união’, origina várias doenças e produz morte em série, portanto precisa de urgente extração.
O principal entrave de uma Angola para todos, é precisamente a CORRUPÇÃO,o grande mal que o próprio JES apontou – um pouco antes da conclusão dos acordos de Bicesse - num dos seus discursos mais ponderados desde que se tornara PR, quando enfatizou que “o grande mal que subjugava o povo e a nação, após a guerra era a corrupção”, calaram-se as armas, e eis que JES proclama e capitanea a outra ‘guerra’ (ainda mais destrutiva e mortífera que a guerra do troar das balas e de canhões) e a lidera como ‘grande guerreiro’ em total desabono da verdadeira PAZ, esqueceu-se que um dia a classificou como um mal e que tal como a guerra ‘de balas’ tinha que se pôr decididamente termo a ‘ela’. Uma Angola para todos só é possível com PAZ social efetiva, e tal só é exequível com a prática transparente da democracia a todos os níveis.
Prometeram-nos o Paraíso e deram-nos o INFERNO com todos os horrores em anexo, decididamente 36 anos BASTA!.. Está provado e comprovado, o apodrecido MPLA-JES e podres dirigentes, não têm capacidade, imaginação, inteligência e sentido de patriotismo necessário para levarem a cabo o projeto, ainda viável; CONSTRUIR A ANGOLA QUE SEMPRE SONHAMOS!..para o bem dos Angolanos e de Angola.
“Mostramos que é possivel e necessário Governar Para Todos, e quando isso se realiza o grande ganhador é o País... Minha Felicidade está sempre na Felicidade do Povo.” – Lula da Silva
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