Nos errámos e não temos vergonha de assumir. Mas é por demais sabido que a fotografia não é da autoria do F8. Temos, sim, a responsabilidade de dar a mão à palmatória, pois o que neste caso fizemos foi simplesmente um erro, ao instigar que as feras sejam lançadas à arena antes de o lutador, sem armas, nela estar preparado. O BP tem muito mais responsabilidades que o F8. Pensávamos e esperávamos que houvesse espaço para a compreensão e que a sua linguagem fosse outra. O que nos move agora é manter a nossa posição de repulsa pela foto, repulsa essa que sairia a público mesmo antes deste comunicado, caso fôssemos um jornal diário. Ainda assim, manteremos a nossa posição. Reclamamos mudanças, sim, porque o sistema é discriminatório, mas condenámos quem combate este regime escondendo-se por detrás do anonimato.
Mas quem afinal nunca errou? Não se pode sacrificar agora o F8, como se fosse o único a errar, em Angola, quando todos os dias, quem foi eleito para dar água, pão e luz às populações, não o consegue, por cometimento de sucessivos e graves erros, não só do foro civil, mas também do criminal. É erro atrás de erro desde há muitos e muitos anos, sem que se lhes dê ordem de parar. Nós vamos assumir os nossos erros, mas o comunicado é um excesso demonstrativo da falta de estrategas, pois não avaliaram as consequências de uma linguagem musculada pode emprestar ao próprio regime.
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