O diretor comercial do Caminho de Ferro de Benguela (CFB), Aquiles de Carvalho, anunciou no 12 que até 30 de abril o comboio deverá chegar até ao Luena, capital da província do Moxico, esclarecendo que a primeira deslocação de uma locomotiva da empresa ao Luena vai ser uma viagem experimental e enquadrar-se-á no programa de alargamento das rotas da companhia.
Aquiles de Carvalho adiantou que a empresa começou no início deste mês a fazer viagens experimentais entre o Lobito e o município do Kuito, província do Bié, e vice-versa.
O comboio do CFB faz a carreira comercial entre Lobito e Huambo todas as terças-feiras e o sentido inverso às quintas, transportando pelo menos 250 passageiros e ainda mercadorias, acrescentou o diretor comercial.
A circulação ferroviária neste troço foi retomada em agosto do ano passado, ao fim de 27 anos de interrupção devido à guerra.
No final de novembro, o ministro dos Transportes, Augusto Tomás anunciou que a ligação ferroviária entre Benguela e a fronteira com a Zâmbia deverá concretizar-se em 2012.
Augusto Tomás disse na altura que o Governo angolano espera que a República Democrática do Congo e a Zâmbia "façam o seu trabalho", para haver "conexão entre as linhas ferroviárias".
Com 1.301 quilómetros de linha e mais de 107 anos de existência, o Caminho de Ferro de Benguela (CFB) atravessa todo o País e é a única ligação ferroviária da África Central ao Atlântico.
A reabilitação do Caminho de Ferro de Benguela está a cargo de uma empreiteira chinesa, a "China Railway 20 Bureau Group Corporation", com recurso a uma linha de crédito da China.
Esse crédito, inicialmente avaliado em 200 milhões de dólares (150 milhões de euros), possibilitou a aceleração da reabilitação total da via férrea.
O plano nacional ferroviário prevê a reparação de locomotivas e pontes, a substituição de travessas, a requalificação de estações e desminagem.
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