O vice-presidente da República, Fernando da Piedade Dias dos Santos, defendeu no dia 18, o reforço das relações históricas com Cuba, para a estabilidade e desenvolvimento dos dois países, após a sua chegada a Havana, onde está a realizar uma visita de cinco dias a convite do primeiro vice-presidente cubano, José Ramón Machado Ventura. “Somos irmãos, forjamos as relações históricas na luta e vamos continuar juntos pela estabilidade e desenvolvimento dos dois países”, afirmou o governante.
Recorde-se que a irmandade evocada por Nandó deve-se a ideologia que une o MPLA e o Partido Comunista Cubano, que na fase alta de partido único em Angola apoiou as políticas do partido no poder, com o envio de milhares e milhares de militares cubanos, considerados por muitos angolanos, como mercenários, pois tomaram partido na guerra entre os irmãos angolanos.
Os cubanos têm ainda as suas marcas cunhadas de sangue, na maior mortandade da história de Angola pós-independência, que se viveu no 27 de Maio de 1977, onde foram barbaramente assassinados, sem qualquer julgamento, cerca de 80 mil angolanos, militantes ou simpatizantes do MPLA, constituindo em África uma das mais horripilantes violações dos direitos humanos.
No entanto e numa demonstração de fidelidade à amizade, o vice-presidente garantiu que será feito um balanço das relações de cooperação entre os dois países e traçadas novas áreas para o fortalecimento dos laços bilaterais. O sector da Saúde será o sector onde, o governo angolano pensa apostar pela capacidade e potencialidade da medicina cubana, que em Angola tem, quando exercida por médicos competentes bem referenciada. A Educação é outro dos sectores, que Cuba tem um histórico, principalmente no ensino universitário, áreas carentes, principalmente com a abertura de novas universidades regionais.
Estes sectores sociais, cuja responsabilidade de assessoria ao chefe do executivo, está na alçada de Fernando da Piedade Dias dos Santos, contam com a presença dos respectivos titulares, nomeadamente os ministros da Saúde, José Van-Dúnem, e do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, Ana Maria Cândida Teixeira, o embaixador em Cuba, Contra-Almirante, António Condesse de Carvalho, para além dos secretários de Estado da Agricultura, Amaro Tati, do Urbanismo e Construção, José Johanes André, da Indústria, Kiala Ngone Gabriel, bem como o vice-ministro da Educação, Narciso Damásio dos Santos Benedito, e outros altos funcionários do aparelho de Estado.
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