A pressão inflacionista vai manter-se a curto prazo na zona euro devido à subida dos preços da energia, mas permanecerá contida a médio/longo prazo, afirmou no 13 o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet.
A inflação "tem sido mais do que o esperado" na zona euro, reconheceu Trichet, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de governadores do BCE em que foi decidida a manutenção das taxas de juro.
A subida dos preços foi de 2,2 por cento em Dezembro, o nível mais alto desde finais de 2008, superando a meta do BCE, cuja meta é manter a inflação abaixo dos dois por cento.
Contudo, a médio e longo prazo, "a inflação será contida" no quadro fixado pelo BCE, acrescentou Jean-Claude Trichet.
A evolução do crescimento da zona euro permanece "positiva", mas as incertezas permanecem "elevadas", afirmou o presidente do BCE, fazendo referência à crise da dívida na zona euro e à fragilidade de bancos europeus que estão dependentes das ajudas da instituição.
Trichet disse ainda que o nível da principal taxa de juro, atualmente em um por cento, continua a ser "apropriado".
O BCE decidiu manter a sua principal taxa diretora em um por cento pelo 20.º mês consecutivo, uma decisão que já era esperada pelos analistas.
O conselho de governadores do BCE baixou em maio de 2009 o preço do dinheiro para um por cento, o valor mais baixo de sempre desta taxa desde a criação da união monetária em 1999, com o objetivo de ajudar à recuperação da economia.
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