segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Ditador quer subverter o jogo. Gbabo quer continuar no poder com apoio do amigo angolano


O Chefe do Estado-maior da FLEC/PM (Forças de Libertação do Estado de Cabinda/Posição Militar, João Médeo Balo, “Vencer” acusa o gabinete presidencial de José Eduardo dos Santos de ter enviado, à meia-noite do dia 14.12.10, a partir do aeroporto de Cabinda, dois batalhões da UGP (Unidade da Guarda Presidencial) em direcção a Cote D’ivoir, para ajudar a reforçar a guarda do ex-presidente derrotado, Laurent Gbagbo, que se recusa a entregar o poder ao candidato vencedor das últimas eleições presidenciais.

A confirmar-se a informação dos rebeldes da FLEC/PM ela vem juntar-se às denúncias de sectores americanos da Defesa e, também, do ministério Francês de haver há mais de dois anos, um número considerável de tropas angolanas, incluindo companhia de tanques, de fuzileiros, de artilharia e de infantaria, acusadas pela oposição ivoiriense e também dos capacetes azuis da ONU, de haver tropas estrangeiras, incluindo angolanas, nos batalhões do exército de Gbagbo, nas linhas de combate.

“Os angolanos têm estado a interferir nos assuntos internos do nosso país, apoiando um ditador, porque o presidente angolano não tem um espírito democrático. E isso prejudica a pacificação do nosso país que está a ser destruído pela ambição de um homem, que não vê meios para atingir os seus fins”, comentou um membro da Frente Norte ivoiriense.

No entanto há quem diga, que as tropas angolanas, fazem parte apenas do cordão de segurança da guarda presidencial do ditador, Laurent Gbagbo, não se envolvendo em combates directos com as tropas contrárias ao regime.

Caso se confirme mais uma presença além fronteiras sem a autorização da Assembleia Nacional, como é de lei, a imagem do gabinete presidencial fica muito mal na foto, por passar a ser visto, como um exército expansionista e de apoio a regimes ditatoriais e anti-democráticos, como são os seus aliados do Congo Democrático e de Brazzaville, no poder após derrube dos anteriores regimes, com o concurso de tropas angolanas.

É esta intervenção desmedida, que tem merecido a repulsa da comunidade internacional, por este tipo de acções não ajudar a estabilidade e a consolidação da democracia em África.

Nenhum comentário:

Postar um comentário