terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Egipto. Polícia e Guarda Presidencial de Moubarak assassinaram mais de 500 civis


A revolução egípcia não colheu só flores e a queda do ditador Moubarak, mas também o sangue de algumas centenas de jovens, mulheres, crianças e velhos, colhidos pelas balas traiçoeiras e assassinas da polícia "moubarakiana", na visão tacanha de que esta musculação fosse capaz de parar os ventos da história. A determinação e a vontade de mudança, estava lá e por isso, todos, absolutamente, todos, estavam cientes, que alguns, teriam de pagar com o sacrifício das próprias vidas, sendo o seu sangue a semente da nova aurora.
Agora os organizadores da manifestação, esperam que possa ser erguido no coração da Tahrir Square um monumento em nome das mais de 420 manifestantes assassinados.

O balanço oficioso aponta para 500 mortos e mais de 6200 feridos ao longo dos 18 dias da REVOLUÇÃO VERDE, em busca da CIDADANIA E DEMOCRACIA, iniciada no dia 25 de Janeiro.

Os organizadores das manifestações contestam os dados avançados pelas actuais autoridades, mais reduzidos, alegando não terem as autoridades noção da violência e das mortes que " a polícia e a guarda presidencial de Moubarak", iam traiçoeiramente cometendo, principalmente, no período noturno. Outra reivindicação prende-se com algumas detenções feitas pelo exército no início dos protestos, tendo os lesados sido alvos de torturas e condições de cárcere indecorosas, reclamam os organizadores, exigindo agora do general Hussein Tantaui, novo homem forte do Egipto, uma investigação séria, para se apurarem responsabilidades e serem julgados os responsáveis como forma de se iniciar u novo ciclo de moralização das Forças Armadas, "cuja chefia, reconhecemos teve um papel de neutralidade de se reconhecer, mas isso não é bastante, para se esconder algumas arbitrariedades que foram ao longo dos dias cometidas por alguns dos seus membros, quer no Cairo, como em Alexandria, principalmente", asseverou Gamel ao F8, que exigiu uma nova cultura de transparência, "mesmo reconhecendo que isso seja difícil em pessoas que durante muitos anos dormiram sob os cobertores de Moubarak e enriqueceram, corruptamente, pois a maioria dos generais são empresários bem sucedidos e tinham a protecção do anterior regime. Agora exigimos que os seus bens, frutos da delapidação do erário público seja investigado e confiscado".

Riqueza de Moubarak a caminho do confisco
O pedido dos manifestantes e a sua pressão, para uma atitude credível, uma vez haver "receios fundados" dos militares, capitaneados pelo general Tantaui, amigo de longa data de Moubarak, poderem camuflarem os biliões de dólares surripiados pela anterior corte do regime é que levou as novas autoridades a reagirem ao acto que o governo suíço havia tomado à 11 de Fevereiro de, como primeiro paraíso fiscal do mundo, congelar as contas do ex-presidente, avaliada em mais de 100 mil milhões de dólares bem como dos seus próximos.
Em função disso as autoridades do Cairo enviaram uma comissão rogatória as autoridades judiciais da Suíça para levantamento de todos os bens, ligados a Moubarak, sua família e a elementos do seu regime, visando com esta medida cautelar evitar a dispersão ou branqueamento de elevados montantes que foram indevidamente surripiados dos cofres do Estado egípcio.

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