O presidente da Argélia, Abdelaziz Buteflika, decidiu no 23.02 suspender “num prazo iminente” o estado de emergência no país, 19 anos após a sua instauração, mas o exército vai continuar a dirigir a luta anti-terrorista. A decisão era exigida pela oposição, com destaque para a Coordenação Nacional para a Democracia e Mudança (CHDC), que já organizou duas manifestações para obter uma “mudança de sistema” político.
O estado de emergência foi instaurado na Argélia em 1992 na sequência de um golpe de estado militar que impediu os islamistas políticos de vencerem as eleições gerais por maioria absoluta, e tem sido justificado com o objetivo de “erradicar” a guerrilha islamista. O fim do estado emergência, prometido há três semanas pelo chefe de Estado, foi anunciado após uma reunião do conselho de ministros, que também tomou medidas favoráveis ao emprego e habitação, e quando o país foi palco de confrontos contra o aumento de custo de vida que provocaram cinco mortos e mais de 800 feridos.
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