segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Nova distribuidora está com tudo. PUMANGOL tem cobertura por pertencer aos generais milionários do regime


Sílvio Van-Dúnem
Quando em Angola uma empresa em pouco tempo começa a desabrochar como capim, tem de ter a mão de gente pesada e ligada ao gabinete do Presidente da República, que lhes dá a bênção. Quando mesmo sem a regulamentação do mercado da venda dos combustíveis ter sido aprovada na generalidade a PUMANGOL começou a abrir em catadupa, postos de abastecimento de combustíveis, sob a cumplicidade da omissão das autoridades fiscalizadoras, a maioria dos angolanos tinha a certeza de ela estar ligada aos barões do regime. Aqueles que comem tudo, estão em todos os negócios e aparecem sempre com os milhões adquiridos neste tempo de saque, já que o próprio Presidente confirmou, que todos eram pobres, no tempo colonial. Isso quer dizer que só no tempo do MPLA e os do MPLA é que ficam ricos do dia para noite, transfigurando-se de anteriores proletários em proprietários vorazes.
O mais recente exemplo da Pumangol, empresa recém entrada no mercado de comercialização e distribuição de produtos petrolíferos, “downstream”, dispensa apresentações, pois sendo uma sociedade constituída entre a multinacional Puma Energy International, a Trafigura Group e investidores angolanos, que só podiam ser nada mais nada menos, seguindo fontes dignas de crédito, que, os mesmos; o chefe da Casa Militar, general Manuel Helder Vieira Dias “Kopelipa” e Leopoldino do Nascimento “Dino”, ex-responsável das Comunicações e seu actual assessor e Manuel Vicente, PCA da SONANGOL, todos figuras de estimação de JES.
Antes da constituição da Pumangol (o encaminhamento burocrático do processo foi feito em condições especiais e a um ritmo inusual em Angola, supostamente por influência directa das personalidades angolanas interessadas), a Sonangol, através da sua holding, anunciou a intenção de comprar 20% da participação da Trafigura Group na Puma Energy International, o que significa que por essa via tem igualmente interesses indirectos na nova empresa.
Desde a sua constituição, a Pumangol já implantou em Luanda 15 postos de distribuição de combustíveis, alguns dos quais de grandes dimensões e outros tantos ao longo de todo o país, havendo um projecto de até 2012 ter cerca de 120 postos.
Os elevados padrões de eficiência reconhecidos à sua actividade (eliminados os estrangulamentos com que o mercado vinha funcionando), são devidos ao facto de se apoiar numa logística própria, completa – o “midstream”. Não depende da refinaria da Sonangol; importa directamente, de acordo com planos que traça e cuja execução controla, sob a gestão de um director executivo inglês que aufere por mês cerca de 45 mil Euros líquidos, com direito a casa, subsídios de alimentação e bilhetes de passagem em primeira classe, quatro vezes ao ano, mais prémios de participação, segundo garantiu a fonte de F8.
Imagem: Pumangol em Porto Amboim e Catumbela
opais.net

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