quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Malária matou 6.025 pessoas até outubro deste ano


Angola registou 6.025 mortes por malária até outubro último, menos do que as 8.100 registadas em todo o ano de 2010, revelou o coordenador do programa angolano de luta contra a malária, Filomeno Fortes. “Em 2000, Angola tinha 20 mil óbitos por malária. Em 2010, este número desceu para 8100 casos. Em 2011, até ao mês de outubro, registámos apenas 6025 óbitos”, explicou o coordenador do Programa Nacional de Luta contra a Malária, que falava durante o seminário sobre “O papel dos Media na prevenção da malária em Angola”.
Filomeno Fortes disse que esta redução tem impacto direto nas taxas de mortalidade infantil e de mortalidade materna e explicou que as principais intervenções de controlo da malária em Angola assentam no diagnóstico e tratamento, bem como nas medidas preventivas, sobretudo na distribuição de redes mosquiteiras tratadas com inseticida, na luta contra o inseto que transmite a doença e na educação para a saúde.
Filomeno Fortes referiu que os testes rápidos têm contribuído para a melhoria do diagnóstico em todos os municípios e a prescrição de medicamentos tem reduzido o aparecimento de casos graves.
No entanto, admitiu a necessidade de mais redes mosquiteiras, testes rápidos e uma maior aposta na pulverização interna de habitações com inseticida de efeito residual, para poder atingir as metas preconizadas nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.
Filomeno Fortes afirmou ainda que os desafios para os próximos quatro anos apontam para a melhoria do saneamento, do diagnóstico e tratamento. Reforçar as medidas preventivas e a mobilização comunitária também se enquadram nos desafios a ser atingidos nos próximos anos.
“Angola está a desenvolver com os países da África Austral iniciativas de controlo da malária a nível das fronteiras” sublinhou Filomeno Fortes.
O mais recente relatório da Organização Mundial de Saúde sobre a malária, divulgado no passado dia 13, coloca Angola como o nono país com mais mortes atribuídas à malária entre os 43 países africanos, onde a doença é endémica. Segundo o mesmo relatório, o número de casos prováveis e confirmados não só não diminuiu nos últimos dez anos, como aumentou, de dois milhões em 2000 para 2,78 milhões no ano passado.
A totalidade da população angolana está em elevado risco de transmissão de malária (mais de um caso registado em cada 1.000 habitantes), revela ainda a OMS.
Imagem: ... em menos de mil dias com as mortes causadas pela malária na África.
salteadoresdaarca.com


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