quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Mano, ganhamos, mas houve batota


Carta enviada a um alto alto dirigente do MPLA, conhecido por “Baião”, com carácter confidencial! Em finais de 2008 e transmitida a um amigo, sobre o rescaldo do processo eleitoral e da máquina demolidora utilizada pelo partido no poder contra a oposição, que lhe garantiram mais de 80 %.

"Mano…… Parabéns ao MPLA por ter dado um golpe de mestre de que não desconfiaram, pois o MPLA ia ganhar de qualquer maneira, mas assim era impossível e só graças a um conjunto de manobras minuciosas e preparadas já há algum tempo e senão vejamos:
1- o MPLA criou uma empresa que ganhou o concurso para toda a realização das eleições e fornecendo todo o material ( que foi a Indra e a soft Valley ), certo?
2- O MPLA marcou uma 6ºfeira para eleições e sempre quis impor dois dias para o acto continuar de modo a fabricar a fraude.
3- Como manobra de diversão e para que se justifique o 2ºdia de votação criou toda esta polémica de mesas que abriram com o horário tardio, incluindo algumas que não abriram mesmo.
Pergunta-se quais as verdadeiras razões para manchar as eleições que até aqui se esperava que corressem bem?
Ai está o golpe de mestre, pois vou contar o que se passou:
A segurança de Estado sob a batuta do Rui Falcão e também do general Kopelipa, tomaram conta da situação sob certos aspectos que nem a comissão nacional de eleições desconfia nem sabe, excepto o camarada Caetano de Sousa que foi avisado.
Como as empresas que forneceram boletins urnas de votos e a diversa logística estavam ligadas ao MPLA, chegaram ao país urnas e boletins suficientes para esse tal golpe de mestre, de que falei atrás e que consiste nas seguintes situações pendentes:
Em todas as assembleias de voto sem excepção, urnas tiveram de pernoitar e todos os delegados confirmaram que essas urnas tinham um certo número de boletins já antes introduzidos.
Durante a noite, as ditas urnas com o mesmo número de votos do dia anterior já com boletins assinalados com o nº10 do MPLA, substituíram as urnas do dia anterior com os votos “bons”.
Entretanto, os partidos da oposição e os observadores de vários quadrantes estrangeiros perdiam tempo a discutir as diversas irregularidades (a tal manobra de diversão) e nada teria sido mais fácil para nós enganarmos a UNITA e os observadores.
O sistema informático também fornecido pela Soft Valley com destino aos computadores da CNE também foi modificado em Madrid pelos nossos técnicos, o João Kavunje e o L:uis Pereira, que são quadros do gabinete da Presidência e do Serviço de Informação Externa.
O Rui Falcão pediu-nos para aumentar a votação no MPLA, o que lhe foi pedido às 23h do dia 05 Setembro pelo camarada presidente e colocámos a palavra-chave “dolesi” no sistema informático, que começou por modificar milhares de votos da UNITA do FpD e do Pajoca em votos úteis para o MPLA. A missão era “punir” estes últimos.
Às vezes as coisas simples são as mais complicadas de serem detectadas e agora pergunta-me como sei isso….adivinha?????».

Ultimamente, as discussões em torno do PACOTE LEGISLATIVO ELEITORAL (PLE) passaram a ser secretas, por determinação do MPLA e concordância de outras bancadas, nomeadamente, UNITA, FNLA, PRS e ND.
Tais discussões estão a decorrer entre as lideranças destas bancadas e a do partido maioritário, sob presidência do presidente da Assembleia Nacional, António Paulo Cassoma, sendo que, nenhum deputado (chamados agora negociadores) pode trazer para o conhecimento público o que, se está a passar lá dentro. Ao que parece está a ser cumprido rigorosamente.
O grande ponto de discórdia continua a ser o artigo 107º da CONSTITUIÇÃO que, em parte, diz: "Os processos eleitorais são organizados por órgãos de administração eleitoral independentes, cuja estrutura, funcionamento, composição e competências são definidos por lei".
Circularam informações, segundo as quais, os deputados/negociadores estariam a ser aliciados com dinheiro e outros bens, para aprovarem o PLE tal como pretende o MPLA.
Em função desta situação alguns deputados inconformados, solicitam a suspensão das "negociações" nos moldes secretos que, estão a ser conduzidas.

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