sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Energia poluente contra o ambiente na moda. Centrais térmicas é a vergonhosa opção dos governos sem uma estratégia


Parece uma brincadeira, mas é a mais pura verdade, logo é uma brincadeira de muito mau gosto por parte do governo de José Eduardo dos Santos, ao continuar a ter soluções paliativas na resolução dos candentes problemas do país.
Como acreditar que um país rico em recursos hídricos, com um presidente formado em engenheira não tenha conseguido nos seus 32 anos de poder, esboçar um verdadeiro projecto de auto-suficiência, para o fornecimento de energia eléctrica e água.
Pelo contrário, durante os 36 anos de independência e governação do MPLA os ganhos que muitos autóctones tinham adquirido no tempo colonial, em relação a estes bens, reduziram drasticamente. Muitos deixaram de os ter, como na maioria dos bairros de Luanda e das províncias.
A maior vergonha da desgovernação que estamos com ela, passasse nas províncias do Bié é Kunene, onde por exemplo, na primeira nascem a maioria dos rios de Angola e vivem as escuras e sem água os seus habitantes e na segunda, fornece água a Namíbia, este país tem o líquido a jorrar 24 horas, nas suas torneiras, tal como a energia eléctrica e a província angolana, vive com sérias restrições.
Assim e visando contornar esta situação no dia 12.12, na sessão do Conselho de Ministros, Dos Santos fez aprovar 24 projectos, para segundo a tese evocada aumentar a oferta de energia eléctrica e de água em todo o país, com a instalação de centrais térmicas de potência diversa nas localidades de Ondjiva, Huambo, Menongue, Dundo, Benguela, Lubango, Namibe e Cabinda. Recorde-se que esta última já tem mas a prestação destas estações deixam muito a desejar, tanto que se encontra as escuras, principalmente depois da chegada de Mawete João Baptista.
Ora tudo isso demonstra não haver um caminho e uma bússola de gestão do país, por parte do presidente da República, que se quer eternizar no poder, que não tem coragem de ir a um pleito eleitoral, sem se escudar no MPLA, por esta razão está a 32 anos no poder, sem nunca ter sido eleito. E se provas faltassem basta rememorar a exoneração, muito recentemente, da ministra da Energia e Águas, por inexistência de um plano e o chefe, vir agora, inundar e fomentar ainda mais o comércio de geradores, que contribuem para a poluição do meio ambiente.
E como as centrais térmicas vão mesmo ser fornecidas por muitos dos subscritores desta decisão, ária mal se Luanda não fosse contemplada e vai sê-lo com a instalação de centrais térmicas nas zonas dos Quartéis, no Bairro Benfica, dos Caminhos-de-Ferro de Luanda, no Bairro Rocha Pinto e no Cazenga, para além da construção de linhas de transporte de energia eléctrica de Cacuaco para a Boavista e da Camama para o Morro Bento.
No domínio das águas foi aprovado o projecto de reabilitação e edificação da barragem do Calueque no Kunene e a construção dos novos sistemas de abastecimento de água de Caxito e Porto Quipiri, estando os dois projectos aprovados avaliados em mais de mil milhões de dólares.

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