segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cabo Verde & a Corrupção. Neves confortado porque Angola está sempre a subir para o precipício


O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, afirmou no dia 01, que a subida de quatro lugares no "ranking" sobre corrupção da Transparência Internacional (TI) constitui um "conforto" para o país, mas sublinhou que o objetivo é "tolerância zero".
"O último relatório sobre a corrupção acaba por trazer um grande conforto ao Governo de Cabo Verde e a todos os cabo-verdianos. Estamos muito bem posicionados e a evoluir no combate à corrupção. É claro que este conforto deve desafiar-nos a fazer muito mais e melhor no combate à corrupção", disse José Maria Neves.
No relatório da TI, divulgado, Cabo Verde subiu de 45.º para 41.º lugar, numa lista que congrega 183 Estados, sendo, novamente, o melhor posicionado entre os cinco Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa - Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe) e ainda à frente do Brasil e de Timor-Leste.
"Temos de continuar a ser rigorosos e transparentes na gestão pública, de eliminar os espaços de desigualdade, como no ingresso na administração pública, de ser rigorosos e de promover o mérito, através de concursos, para que haja imparcialidade e igualdade de oportunidades para todos", disse o chefe do executivo cabo-verdiano.
"Temos de combater o «amiguismo» e o nepotismo que ainda existem em sociedades pequenas, como a de Cabo Verde, para que o país continue a subir no «ranking». Pretendemos que Cabo Verde seja um país "zero" de corrupção, que seja um país completamente livre de corrupção".
Para José Maria Neves, globalmente, Cabo Verde "está no bom caminho" e a fazer progressos, razão pela qual o país terá de ser "mais ousado e de fazer sempre mais. Não podemos ficar satisfeitos pelo facto de estarmos agora bem posicionados. Temos um grande caminho a fazer, queremos ser um país com zero por cento em termos de corrupção e vamos continuar a trabalhar nesta linha", concluiu.
No relatório da TI, o 41.º posto de Cabo Verde corresponde a uma pontuação de 5.5 - numa escala em que 10 significa livre de corrupção e zero altamente corrupto -, contra os 5.1 de 2010, quando obteve o 45.º lugar, e situa-se apenas atrás de Portugal (32.ª posição) no "ranking" lusófono.
Moçambique ficou na 120.ª posição, com uma pontuação de 2.7, enquanto a Guiné-Bissau foi incluída no grupo dos 30 países mais corruptos à luz do Índice de Percepção da TI, situando-se no 154.º lugar do "ranking" com 2.2 pontos.
São Tomé e Príncipe, com 3.0 pontos, assegurou a 100.ª posição da tabela e Angola continuou como o país lusófono pior colocado, já que obteve uma pontuação de 2.0, situando-se no 168.º lugar.
Cerca de dois terços dos países obtiveram nota negativa de acordo com o relatório da organização que atribuiu à Somália, Coreia do Norte, Myanmar e Afeganistão as piores notas considerando-os os mais corrupto.
O "ranking" é liderado pela Nova Zelândia (9.5 pontos), que trocou com a Dinamarca, agora em segundo lugar, seguindo-se a Finlândia, ambas com 9.4 pontos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário