O candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) às eleições municipais de Quelimane, que decorreram no 07.12 na capital da província da Zambézia, denunciou o disparo de tiros pela polícia e a detenção de duas pessoas numa assembleia de voto.
Manuel de Araújo disse que elementos da Força de Intervenção Rápida (FIR) dispararam tiros na assembleia de voto do bairro de Mamhaua e em seguida levaram detidos dois elementos do MDM que fiscalizavam o ato eleitoral.
Segundo adiantou a mesma fonte, a FIR teve ainda "intervenções intimidatórias" nas assembleias de voto dos bairros Aeroporto Expansão e Sangarilema.
Tentou-se contactar as autoridades moçambicanas sobre estes acontecimentos, mas sem sucesso. As urnas encerraram às 18:00 locais, devendo os resultados ser conhecidos nas próximas horas.
FRELIMO (no poder) e MDM disputam a câmara de Quelimane, a quarta cidade do país. Mais de 270 mil eleitores votaram nas eleições intercalares dos municípios de Quelimane, Pemba e Cuamba.
As eleições municipais em Quelimane, Pemba, capital da província de Cabo Delgado, e Cuamba, a segunda maior cidade da província do Niassa, foram suscitadas pela renúncia dos seus respetivos presidentes, alegadamente por pressões do seu partido, FRELIMO, pelo qual concorreram nas municipais de 2009.
A FRELIMO, partido no poder, e o MDM, a terceira maior força política do país, concorrem nos três municípios. O PAHUMO (Partido Humanitário de Moçambique) disputa a eleição em Pemba.
A RENAMO, o principal partido da oposição, não participa no escrutínio, alegando uma fraude a favor da FRELIMO.
O escrutínio foi acompanhado por 326 observadores, 22 dois quais estrangeiros.
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