quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Uma esquisita suspensão e inquérito Quim Ribeiro vitíma de perseguição ou bode expiatório


O caso referente às vicissitudes que afectaram a carreira do comandante Quim Ribeiro dá uma vaga ideia do descalabro em que se encontram, não só a mentalidade dos nossos responsáveis, mas também a dos nossos banqueiros, dada a extrema facilidade com que se movimentam massas monetárias de milhões de dólares, dos cofres dos bancos para os sacos dos ladrões e destes para o bolso de agentes da autoridade que ficam encarregadas de os encurralar.

Kuiba Afonso

O F8 teve acesso a informaçõe dadas por uma pessoa que frequentou uma casa situada no Km 8 da estrada de Viana, no quadro de uma solicitação de que tinha sido objecto e cuja finalidade teria sido de lhe ser entregue um montante indeterminado mas certamente de alguns milhões de dólares. Segundo a nossa fonte, eram embalagens, ou sacos de dezenas de quilos em notas de cem dólares, que se encontravam em casa de uma senhora grávida, cujo marido, salvo erro marido, já tinha sido encarcerado no âmbito do inquérito então em curso a propósito do caso BNA.

A pessoa que tinha solicitado a nossa fonte queria à viva força que esta metesse as embalagens de dinheiro no cofre da sua viatura e as levasse para sítio seguro, pois ali onde estavam, riscos enormes havia de serem encontradas pela polícia. O que de resto veio a acontecer, pois a nossa fonte recusou a proposta, e o seu solicitador foi obrigado a esconder o dinheiro num local da sua habitação que se encontrava em obras. Abriram um buraco grande, puseram lá o dinheiro e cobriram. Por cima do esconderijo lançaram uma boa quantidade de areia. Mas mesmo assim, a polícia, mais tarde, encontrou e levou o dinheiro, segundo o que nos foi referido pela fonte que temos vindo a citar.

Esse teria sido o magote que está relacionado com o caso Quim Ribeiro, vários milhões de dólares, vivos, em notas verdes, mais de vinte quilos de notas, segundo a nossa fonte.

As questões que levantam este episódio são verdadeiramente aterradoras:

Esse dinheiro vinha de onde? Como é que ele saiu do sítio onde estava guardado?

Quem teria depositado essa enormíssima massa monetária nas mãos dos que então eram seus detentores? Porquê e como? Por quem?... Um Banco? Qual banco? Onde estão os responsáveis por essa operação bancária? Como foi possível tanto dinheiro sair duma instituição bancária sem aparente controlo? Estaremos nós num Estado organizado?

A polícia devia dar uma resposta e actualmente o que mais lhe sai da boca são perguntas a propósito do paradeiro desses milhões, como que numa tentativa de afogar um peixe na água, com o polícia, Quim Rebeiro, a dizer que não mexeu em nada, uma testemunha já morta e que mais? Mais nada.

Vamos esperar para ver, mas, com mais de 200 milhões de dólares à solta, estamos em crer que cedo ou tarde vamos encontrar por aí, ou por acolá, não um peixe afogado, mas pelo menos um “Tubarão”. E um daqueles bem grande. Vivo.

Esperemos. Pelo jeito como vão as coisas, isto amanhã vai mesmo inchar ainda mais. Pois se nada for apurado, o próprio Ministério do Interior, agora liderado por Sebastião Martins, já matou antes do resultado do inquérito e o apuramento da verdade material, a carreira, a imagem e o bom nome de um quadro seu, que com todos os erros e virtudes, sempre esteve ao serviço do regime.

E, mais grave será se a morte das vitímas “morrer solteira”, com o lacónico: NÃO CONSEGUIMOS APURAR MAIS ELEMENTOS”!

Imagem: http://club-k.net

Um comentário: