terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dirigente do MPLA contra o MPLA


O 1º secretário do MPLA, no município de Icolo e Bengo, Luís Adão Vicente está a colocar os cabelos dos seus conterrâneos em pé, com a venda de terras. Com um longo percurso na administração municipal, pois já foi administrador comunal de Kakulo Kahango, Cassoneca, Cabiri e administrador municipal-adjunto de Icolo e Bengo.

TCHINDELE MUATCHITUKA*

Considerado, por muitos, figura extremamente egocêntrica é ainda acusado de ser surripiador de bens públicos, tribalista, conspirador e burlador. “Os seus mandatos, como quadro da Administração do Estado, foram tenebrosos e, caracterizados por pilhagens de terrenos de populares, para os seus fins comerciais, intimidações as populações e, com muitas práticas anti-sociais a mistura”, assegurou, ao F8, Domingos João, militante do MPLA.

À boca miúda corre pelo Icolo e Bengo terem os homens que realizavam acções secretas de abertura de picadas, colocação de pilares e, vedação com arame farpado, numa área com mais de 100 (cem) mil hectares de terra, fazerem parte de uma estrutura sua.

“Eles estão a se locupletar dos terrenos para depois os revenderem aos estrangeiros a preços exorbitantes, sem conhecimento do governador e ou administrador local”.

As administrações do Estado, ao nível das comunas e municípios, desconhecem a existência de qualquer projecto relacionado a demarcação de terrenos e ou loteamentos, tanto assim é que aos 18 do corrente mês uma denúncia do soba de Kakulo Kahango dava conta dos actos “considerados subversivos praticado por estes meliantes, que obrigaram a que houvesse uma reunião na administração municipal de Icolo e Bengo entre representantes dos governos Provincial, Municipal de Icolo e Bengo, comunal de Kakulo Kahango, Soba Grande e seu Adjunto, tendo-se confirmado a envolvência de Luís Adão Vicente nesta tramóia”, garantiu a fonte de F8.
Esta constatação e forma de actuação vem contrariar as traves mestras de orientação do MPLA desde a sua essência e reforçada pelo discurso do Presidente do partido, no último congresso, “em que garantiu dar luta sem trincheira a corrupção e outras práticas que lesam os interesses de Angola”, disse Domingos João, acrescentando que mesmo a nível do partido está a ser implementado, tanto assim é que no dia 23 de Novembro de 2010 o Ministro da Administração e Território foi ao parlamento reforçar esse compromisso com a nação ao ter sido inequívoco quanto a luta contra as práticas de corrupção. Isso significa, que as práticas deste dirigente contrariam as orientações do MPLA principalmente aos seus responsáveis máximos”.

Para muitos, este dirigente partidário, tem sido apenas um delfim regional de conspiração, contra os interesses da maioria dos autóctones locais. “Temos consciência dos ciúmes que muitos concidadãos têm da história revolucionária de muitos que por cá passaram, desde o famoso “Processo dos 50”, ao assalto as cadeias em Luanda, no 4 de Fevereiro de 1961 e, nas acções guerrilheiras do MPLA. Todavia, nunca pensamos que por tal facto, viríamos a pagar uma factura tão cara que, também põem em risco a nossa existência como povo”, reclamou Domingos João, adiantando que, “contra factos, não há argumentos e o povo está vigilante e não vai aceitar que a sua terra seja vendida, por meia dúzia de tostões, por uns poucos ambiciosos, porque o povo de Icolo e Bengo, não vai permitir, por isso apelam a intervenção do gtovernador João Miranda e do ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, para colocarem ordem na casa”, visando a estabilidade, para que não haja um conflito.

* No Bengo

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