A lei dos partidos políticos angolanos em contraste com a anterior lei constitucional sancionou a extinção dos partidos políticos que não obtivessem mais de 5% das intenções de votos dos eleitores. Muitos pequenos partidos sucumbiram a máquina infernal montada, tal como a FpD. No entanto, inconformados decidiram colocar mão na massa, palmilhar o país, recolher assinaturas e ressuscitar o projecto. Foi uma tarefa hercúlea, mas êxitos, por terem no final recebido do Tribunal Constitucional as chaves para os seus dirigentes e massa militante exercerem, na legalidade a sua acção política, legitimada através do Despacho nº 034/TC/2010 de 20 de Outubro de 2010, e obedecendo ao preceituado no artigo 14º da Lei nº 2/05 de 01 de Julho – Lei dos Partidos Políticos -. Desta forma o substituto da ex-FpD extinta em 2008, Bloco Democrático, com a maioria dos seus anteriores líderes a cabeça, são agora reconhecidos como mais um partido político angolano legalizado.
O seu presidente, Justino Pinto de Andrade, declara pretender “inserir-se no xadrez político angolano como uma força política verdadeiramente democrática, com os objectivos políticos que estão expressos nos seus Estatutos, no seu Programa e no Manifesto Político Democrático que elaborou, e que foram aprovados pela sua Convenção Constituinte nos dias 3 e 4 de Julho de 2010”.
Ainda com a imagem de uma derrota mal explicada em 2008, a liderança do BD, “acredita profundamente que o Povo Angolano passou agora a ter o instrumento de luta política democrática de que precisava para dar corpo não apenas aos ideais da independência nacional, mas, igualmente, às expectativas goradas com o incumprimento das promessas feitas nas Eleições Legislativas de 2008”.
E num apelo de civilidade e lealdade política, como se isso fosse possível na nossa política indígena, a nova formação política, “promete desde já que irá travar as batalhas políticas que se avizinham dentro da maior lisura, com espírito construtivo e combativo e guiado pelo desígnio maior de melhor servir os interesses do nosso Povo. Por isso, pedimos aos nossos adversários políticos que procurem actuar com idêntica lisura e transparência para que, em conjunto, transformemos o combate político num mecanismo capaz de dar plena satisfação aos mais legítimos anseios de todos os Angolanos”.
E sem perder a bússola dizem ao que aspiram: “somos um partido que aspira o Poder como forma de pôr em prática as propostas que saíram da vontade íntima do Povo. Somos um Partido decididamente virado para a resolução das questões sociais que apoquentam a maioria do nosso Povo”.
Estas são pois algumas das máximas do Bloco Democrático, claramente apostados em dar, uma volta na política local contribuindo para desalojar os actuais inquilinos do poder.
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