terça-feira, 16 de novembro de 2010

Uma autêntica vergonha e machadada às conquistas democráticas


MPLA repõe o PARTIDO ÚNICO com a capa da democracia

O mal vem de longe, e fossem ainda vivos os fundadores da Nação, que nas suas tumbas já se reviraram mais de uma vez, seriam testemunhas do sofrimento dos povos de Angola.

Álvaro Holden Roberto disse: «Liberdade e terra!».

Agostinho Neto disse: «O mais importante é resolver os problemas do povo».

Jonas Malheiro Savimbi disse: «Primeiro o angolano, segundo o angolano, terceiro o angolano, sempre o angolano».

Veio o MPLA, deitou ao caixote do lixo as palavras de ordem do Jonas, do Álvaro, pôs o António num pedestal e jurou seguir o “guia imortal” e assumir sozinho a resolução de todos os problemas do povo.

O resultado está ai, à vista de toda a gente.

Depois de 35 anos de governação, os discursos dos detentores da riqueza roubada, que ocupam os postos chave do manuseamento dos fundo do Estado, continuam a insistir que o país vai bem (para eles), que melhor não poderia ir e que a preocupação do “executivo” continua a ser “resolver os problemas do povo”. Exactamente como há 35 anos!! O mesmo discurso, nada mudou…

No que diz respeito ao slogan de Savimbi, «Primeiro o angolano, segundo o angolano, terceiro o angolano, sempre o angolano”, esse mesmo executivo chamou brasileiros, chineses, portugueses, franceses, israelitas e por aí fora, libaneses, seguidos por outras pessoas indesejáveis, que vieram depenicar à vontade, mesmo com a ajuda do “executivo” o que lhes aparecesse pelo caminho como sendo riqueza, diamantes, petróleo, negócios da china e outros.

«Liberdade e terra», disse Holden Roberto?... Não dá.

A “Liberdade morreu de “morte matada” no seguimento do 27 de Maio de 1977. Seguiu-se uma guerra civil que o MPLA insiste em empurrar a responsabilidades exclusivamente para a UNITA, e hoje, no meio de uma reconciliação nacional em meias-tintas, o “executivo aprovou a lei da Segurança do Estado e dos Partidos Políticos regressando a sorrir, 35 anos depois, ao pior sistema que os angolanos conheceram: o PARTIDO ÚNICO.

Doravante ninguém poderá falar. E se for sobre o Presidente da República, então será um ver se te avias, pois a cadeia é o caminho apontado.

Respeito pelos direitos dos que não são da família partidária, o MPLA nem sequer sabe o que isso é: muda a lei, com base na sua maioria parlamentar e diz, para dar um exemplo, que a sua bandeira, que se assemelha a da República não mudará. Ponto, parágrafo, não se fala mais nisso!

Sentido de Estado, de politica de reconciliação, isso é um mistério para os camaradas. O que é muito claro é a sua visão de força, numa manifestação de algo parecido com sadismo, na sua periódica prática em humilhar os adversários e a sociedade com base na sua visão umbilical sobre Angola.

O dia da festa nacional foi celebrado não em honra dos fundadores da Nação, mas em homenagem a uma pessoa, ou melhor, duas pessoas, um partido e mais nada.
Imagem: centrodeestudosambientais.wordpress.com

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