Governo acusado de pretender lavar 50 milhões de dólares
A imagem de um país, que alberga no seio do seu governo muitos corruptos, não pára, com os prejuízos daí inerentes. Angola não pode continuar refém do mau desempenho de alguns e ver-se permanentemente na lama da vergonha, isso porque a maioria dos seus filhos gente humilde, não aprova o saque descarado e desenfreado, por parte de uns poucos que se abocanham com os milhões de dólares dos milhões de autóctones que vivem de mão estendida a comunidade internacional.
Kuiba Afonso
Este intróito tem a ver com uma nova investida do Departamento de Tesouro Federal dos Estados Unidos, ccongelando determinadas contas bancárias da Embaixada de Angola domiciliadas em Bancos de Washington por suspeita de branqueamento de capitais.
“Doravante todas as operações financeiras de Angola, serão inspeccionadas e, rigorosamente, rastreadas, por não se justificarem os montantes enviados para uma embaixada”, assegurou ao F8, Alan Garey do Departamento de Tesouro.
Não está em causa a conta normal da embaixada, que se destina a prover as suas obrigações diplomáticas e funcionais, mas a uma outra, cuja suspeição é por demais evidente, até mesmo pelos montantes e proveniência.
“Numa altura em que existe o financiamento do terrorismo internacional e o branqueamento de capitais, não se entende como uma empresa petrolífera como a SONANGOL, coloque numa conta da embaixada de Angola, mais de 50 milhões de dólares”, disse a fonte de F8.
A embaixada angolana, quando confrontada sobre essa anormalidade, foi lacónica dizendo tratar-se de dinheiro para se pagar o tratamento de dirigentes e deputados no exterior e outras despesas, de acordo com orientações de Luanda, uma vez ser difícil o tratamento médico em Angola. A justificativa não colheu e os americanos aconselharam ao seu cancelamento imediato. E, como é obvio isso não agradou Luanda, regressando-se aos tempos de tensão entre as duas chancelarias.
Este caso que remonta a 2008, não conheceu evoluções significativas, por serem muito débeis os argumentos das autoridades de Luanda, sob um tão elevado montante financeiro de um Governo, para uma conta, gerida de forma privada, por uma entidade diplomática. E o caso só continua em tela, por tardar a justificativa governamental para o desbloqueamento.
Como nem o Banco Nacional de Angola, nem o Ministério das Finanças, conseguem justificar, por ter sido uma operação, onde pese serem os órgãos vocacionados para esse tipo de operações, não foram tidos nem achados, os funcionários da embaixada, consulado e chancelaria militar continuam sem receber e estão a ver pelo binóculo a passagem do natal, se não houver uma resolução nos próximos dias.
É ainda a falta de verbas que tornou muito pálidas as comemorações do 35.º Aniversário da Independência por manifesta falta de verba. “Nós comemoramos a data como um dia de reflexão, pois a nossa situação não se justifica e deveriam os dirigentes saná-la o mais rapidamente possível a bem da imagem de Angola, no exterior.
Imagem: alelasorciere.com.br
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