Uma rixa por causa de uma parcela de terra, no bairro 27 em Benguela, quase que ceifava a vida inteira de uma família.
Bengala Lungo*
O padre católico Kifinamene Matondo Herman, é acusado de ter estado por detrás dos tumultos que opuseram os cidadãos José António Mendes, Raul Mendes e a dona Maria Helena Moura de 79 anos de idade, mãe e avô, aos seguidores do aludido padre, tudo por causa de uma parcela de aproximadamente Dois hectares, localizados no bairro 27-Damba Maria em Benguela, nas imediações da praia com o mesmo nome, que a família ocupa há já longínquos quarenta anos, ao incitar alguns fies a fazerem recurso de meios inapropriados, convindo apoderar-se do património imobiliário dessa família. Para evitar se uma tragédia terá valido a intervenção de alguns moradores, muitos deles sexagenários, que ajudaram a amainar a fúria dos seguidores do diabo. A disputa do terreno iniciou-se há cerca de ano e meio, quando o padre Fifinamene Herman se auto-proclamou proprietário da parcela que a família habita há quarenta anos, sobre pretexto de nele erguer uma escola para apoio a comunidade local, contando supostamente para tal com uma autorização emanada pelo administrador municipal de Benguela e caucionada pelo Governador provincial de Benguela. Folha 8 pode apurar junto da família Mendes, de que os aludidos terrenos outrora pertença da antiga e redimensionada açucareira 1º de Maio da Damba Maria “Kassequel” em 1990, onde seu finado pai trabalhou como encarregado da pescaria por largos anos. José Mendes por direito de preferência legal habilitou-se a referida parcela de terra, ostentado documentos credíveis e legais. Sabe-se que esta acesa disputa encontra-se já sob alçada do tribunal provincial de Benguela, por queixa-crime apresentada pela família em meados de 2009, aguardando-se pelo julgamento. Todavia, fazendo ouvidos de mercador o padre Kifinamente Matondo Kwazambi, ousou partiu para a segunda etapa no passado dia 10 de Novembro 2010, violando princípios e pressupostos legais, sob pretexto do seguimento de ordens superiores, acabando por demolir tudo com que se lhe deparou pela frente. O “camartelo demolidor” foi arrasador, para tristeza e insatisfação de familiares, amigos e moradores natos. Folha 8 não pode ouvir a versão do padre Herman por se encontra incomunicável, porém sabe-se por via de uma fonte policial que travou no local as acções do padre, de que o mesmo não se fazia acompanhar de qualquer autorização da administração municipal, muito menos de um mandato do governador provincial de Benguela. Na altura, porém nada satisfeito com procedimento correcto dos agentes da ordem, o padre Kifinamente Matondo Herman, terá instigado segundo as nossas fontes por via telefónica os seus fieis seguidores a munirem-se de todos os meios, para travar o regresso da família José Mendes, fazendo-se acompanhar de catanas, pedras e outras armas brancas para linchamento. Travados os apetites do padre, a anciã aguarda apenas que a justiça seja feita. O Padre Finamente Matondo num passar muito recente, foi protagonista de uma acesa disputa por um parcela de trinta hectares (ha30), no bairro da Nossa Sr.ª da Graça em Benguela, sento o litígio terminando a contendo do empresário por decisão de um acórdão do Tribunal Supremo.
*Em Benguela
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