domingo, 26 de junho de 2011

Generais preparam manifestação


Um grupo de oficiais generais e superiores das Forças Armadas Angolanas (FAA) na reserva pretende manifestar-se diante das instalações do Ministério da Defesa Nacional, nos próximos dias, em protesto contra o desprezo a que estão submetidos.
A manifestação será pacífica e estarão desarmados para evitar quaisquer actos que os venham a comprometer diante dos princípios jurídicos-militares, mas, bater-se-ão contra a tentativa de detenção de membros do grupo. “A Polícia Nacional tem a mania de impedir eventos do género com prisão arbitrária, não vamos admitir esse tipo de brincadeira porque lutámos para a defesa e integridade do Estado, por isso exigimos respeito”, advertiu o grupo.
A equipa de militares na reserva está consciente do perigo a encontrar aquando da manifestação, ainda assim prefere enfrentar porque “Mais vale a pena morrer com dignidade do que acobardado como um cão rafeiro com a cauda entre as pernas. Seremos maltratados e muitos neste dia vão desaparecer para sempre”
Dentre as várias motivações para a realização de tal acto, consta o funcionamento da Caixa Social das Forças Armadas Angolanas que é acusada de pagar tardiamente o salário dos generais e oficias superiores das FAA.
Também reclamam os retroactivos e o reajustamento dos salários de 2008 que nunca foram processados. A Caixa Social das FAA sempre alegou falta de dinheiro para assim proceder. A resposta do respectivo órgão é tida enganosa, pois quando o Governo reajusta os salários é porque tem dinheiro suficiente afim de satisfazer todos.
Aos generais na reserva, também lhes foram retirados o dinheiro para o pagamento dos salários dos empregados domésticos e outras despesas, isto desde 2007. “Todo o funcionário da Caixa Social tem direito a cartão de abastecimento no Jumbo e Intermarket. A crise financeira mundial esteve longe de afectá-los. Este tipo de abuso tem de acabar o mais rápido possível, senão haverá problemas sérios no Pais.
Os respectivos militares de alto grau estão sem cabazes desde 2007, sob pretexto da famigerada crise financeira mundial. “Queremos de volta este direito porque cumprimos com a nossa honrosa tarefa de defender o País contra a invasão de forças destabilizadoras, inclusive toda a juventude passámo-la na mata, muitos chegaram a morrer”.

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