quinta-feira, 16 de junho de 2011

África Austral. Cimeira de chefes de Estado poderá aprovar em Joanesburgo "grande acordo de comércio livre"


Os Chefes de Estado e de governo africanos poderão rubricar no dia 12, um “grande acordo de comércio livre” englobando países-membros de várias organizações da África oriental e austral.
A cimeira de chefes de Estado, que decorrerá em Sandton, Joanesburgo, será o culminar de um longo processo de consultas e negociações, que trouxe à capital económica sul-africana esta semana delegados e funcionários superiores de inúmeros países envolvidos no projeto de criação de uma vasta zona onde as mercadorias poderão vir a circular em breve isentas de tarifas aduaneiras.
Os países representados pertencem à COMESA (Mercado Comum da África Oriental e Austral), à EAC (Comunidade da África Oriental) e à SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral).
Se for assinado, o acordo englobará uma zona com uma população combinada de 590 milhões de habitantes e um PIB combinado de 860 mil milhões de dólares, e que poderá atingir um bilião de dólares (700 mil milhões de euros) em 2013, segundo dados oficiais sul-africanos.
A cimeira “tripartida” colocará frente a frente vários intervenientes importantes de algumas das mais graves crises políticas e de segurança do sub-continente, designadamente as do Zimbabué e de Madagáscar.
Sobre a situação no Zimbabué, onde o governo de unidade nacional constituído pela ZANU-FP de Robert Mugabe e pelo MDC (fações Tsvangirai e Mutambara) está preso por um fio depois de inúmeras desavenças entre os parceiros, observadores locais têm antevisto a adoção de uma linha de atuação mais dura relativamente ao presidente Mugabe por parte da SADC e em particular do seu Órgão de Política, Defesa e Segurança.
Notícias vindas a lume nas últimas semanas na África do Sul referem-se a uma alegada “erosão” da paciência e tolerância dos líderes regionais, em particular do mediador do processo zimbabueano e chefe do Estado sul-africabno, Jacob Zuma, relativamente às sistemáticas quebras do acordo político global (GPA) por parte do presidente Robert Mugabe e do aparelho de segurança que ele ainda controla.

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