São cada vez mais numerosos os artistas, e não artistas, que se lançam na aventura da produção musical. Levados por um pretenso talento, muitas vezes ao colo dos mais-velhos do ª”show-bizz”, muitos deles abandonam a empreitada durante o caminho, e, no fundo, quantos, num total de 100 aparições no mercado, conseguem singrar e levar avante até ao sucesso final os seus projectos de notoriedade? Poucos, muito poucos. Um dos últimos cantores que apareceu no mercado angolano foi o filho do presidente Eduardo dos Santos, Paulino, que ousou ultrapassar as teias de aranha que envolvem o seu patronímico e se lançou de peito avante nessa aventura. Pelo que sabemos, as reacções ao seu gesto ficaram-se por timoratas considerações e ao nosso conhecimento não chegou nenhuma avaliação franca e claramente positiva. Pois muito bem, se não estivermos em erro no que acabámos de escrever, temos muito gosto em ser os primeiros a assegurar que a música de Paulino dos Santos é simplesmente boa. O problema é o nome. Toda a gente vê nessa empreitada artística mais uma espécie de benesse presidencial, com um Zédu armado em produtor artístico(!?)… O Paulino não precisa nada disso. E depois, digamos entre nós, ele que se deixe de apelidos artísticos. Que cante, que cante, gostamos muito de ouvir o que ele canta e a maneira como o faz.
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