O governo angolano anunciou que pagou já 60 por cento da dívida a empresas construtoras, o que fez “diminuir a pressão sobre o Estado”, restando cerca de 900 milhões de dólares por liquidar.
A informação foi avançada pelo ministro de Estado e chefe da Casa Civil, Carlos Feijó, que manteve um encontro com a imprensa para fazer o balanço das acções do governo no último trimestre.
Segundo Carlos Feijó, no encontro realizado há três meses para o mesmo efeito foram anunciados os moldes de pagamento da dívida para com as empresas, nomeadamente a totalidade do pagamento às empresas com dívida até 10 milhões de dólares, seguindo-se as avaliadas até 30 milhões de dólares e 30 por cento com valor superior a 30 milhões.
“Foi necessário reformular os moldes de pagamento, porque constatámos que ao pagarmos às pequenas empresas não estávamos a sentir os resultados em toda economia. Por isso, decidimos pagar a totalidade de todas as empresas com dívidas entre 30 milhões e 75 milhões de dólares. Acima disso, pagaríamos 40 por cento”, explicou.
Por outro lado, referiu que o valor que ainda não foi pago procede do facto de muitas empresas credoras apresentarem irregularidades na sua constituição, nomeadamente a falta de cadastro, de número de contribuinte ou números a mais de contribuintes.
“Tivemos que fazer um processo de selecção minimamente aceitável. Ainda assim cumprimos com o que ficou aprazado e neste momento podemos dizer que 60 por cento dessa dívida está paga. Ainda temos cerca de 900 milhões de dólares por pagar, referentes às empresas em que foram detectadas irregularidades”, frisou.
Em Julho deste ano, o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, disse que a dívida do Estado angolano às empresas de construção civil ascendia aos 5,2 mil milhões de euros, estimando que "30 por cento deste valor" seja referente às empresas portuguesas, pois claro.
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