terça-feira, 7 de setembro de 2010

O “Oasis Luanda” e o seu “deserto”


Ultimamente, assistimos a uma remodelação do OGE e o resultado foi o que se viu, uma Luanda empanturrada de meios financeiros e em redor, um deserto; o essencial do “bolo” para o Exército, Polícia e Segurança do Estado, e o desinvestimento nos sectores da Educação e Saúde. A culpa é do presidente? Só no papel, pois ele personifica o poder Executivo. Na realidade a culpa é dos que o aconselham mal e muitas vezes em defesa de interesses pouco claros. E se culpa houver noutros casos será sempre a culpa da sua entourage. Tudo isto tem que ser reposto em ordem e a breve trecho talvez seja bom e/ou necessário proceder a uma revisão em forma da Constituição. Porque a sua entourage exagera na sua acção e comete demasiados erros.
Foi a sua entourage que inspirou uma Constituição onde só ele e uma força política se revêem, foi a sua entourage que tudo fez para o aumento da discriminação das forças políticas, para levar avante uma política de terra queimada em Cabinda, para instigar a privatização da terra a favor dos oligárquicos nacionais e estrangeiros, para instigar a institucionalização da ascensão nos cargos de direcção e chefia, não pela competência mas pela militância, enfim para concretizar a privatização dos bancos a favor dos filhos, dirigentes, amigos e familiares.
E à parte isso, é também aos seus conselheiros que devemos a “Colonização” da TERRA, colocando-a como propriedade do Estado na Constituição, assim como a não preservação das Línguas angolanas, privilegiando e impondo, exclusivamente, uma língua estrangeira, o português, a todos os angolanos
Mas o pior de tudo ainda não é isso, o pior é o que se passa na nossa justiça que não é nada disso; o pior é o que se passa com a oposição, que não é nada disso; o pior ainda é o que se passa em toda a parte no que toca à instauração de uma verdadeira reconciliação nacional, que também não é nada disso.

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