O seleccionador dos Palancas Nagras, Hervé Renard, quer bater com a porta. O outro, o responsável dos duplamente pentacampeões de basquetebol de África, Luís Magalhães com a porta quer bater. E o que é triste é que ainda pode haver por aí gente que repita a velha ladainha, «Estes estrangeiros, rabugentos assim, mas qual é a deles!?... Se não estão contentes em Angola, ora essa!, que vão seleccionar para os países deles»1 Esta foi muitas vezes a reacção que mereceram as críticas que nos faziam, quando proferidas por gente de fora. Mas, agir sistematicamente deste modo é um erro. É uma maneira de esconder “peladas” rapando junto à pele o cabelo que nos resta. A verdade a propósito do descontentamento desses dois responsáveis pelas nossas selecções foi muito bem equacionada por um ouvinte da Rádio Antena Comercial (LAC) na sua emissão das quartas-feiras “A sua opinião”, sempre bem manobrada pelo excelente João Armando (tinhamo-lo como possível Prémio Maboque de jornalismo). O dito ouvinte disse: «Quando uma pessoa olha para uma árvore e topa que lá em cima, nos galhos, está uma tartaruga, pergunta como é que ela foi lá ter. E o que nós temos muitas vezes no nosso desporto são “tartarugas” penduradas em “galhos” e ninguém sabe quem as lá pôs, ou como é que elas conseguiram chegar a tão visível patamar».
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