sábado, 4 de setembro de 2010

FLEC rachada. Dirigentes da guerrilha contra a Direcção política na Europa


A Direcção política da FLEC na Europa reuniu nio dia 24.08 em Paris e elegeram um vice-presidente e um secretário para as relações externas, numa tentativa de reorganização que não é reconhecida pela FLEC-FAC, facção no terreno do movimento para a libertação de Cabinda.

Joel Batila, reconduzido como secretário geral da organização, disse que “a estrutura está agora reorganizada e pronta para, em qualquer momento, negociar com os angolanos, de forma séria e credível”.
Depois da reunião de Paris, em que estiveram presentes largas dezenas de membros da FLEC dispersos por Portugal, França, Bélgica, Holanda e outros países, segundo a mesma fonte, a organização continua a ter como presidente Nzita Tiago, tendo sido eleitos um vice-presidente, Anny Kitembo, e um responsável pelas relações exteriores, Afonso Massanga, tendo ainda sido alargadas as funções de Stephen Barros, secretário da organização.

“Luanda não pode vir com a desculpa de que não tem interlocutores. A direcção da FLEC está disponível e não são eles (Governo angolano) que vai escolher com quem negoceia. Queremos negociações credíveis, inclusive com presença de representantes da comunidade internacional”, disse Batila.
“O problema de Cabinda não é um problema militar mas sim um problema político”, afirmou.

A reunião permitiu reorganizar a estrutura “depois da situação criada pelo antigo vice-presidente”, Alexandre Tati, e “outros membros” da estrutura militar “com a cumplicidade do Governo de Luanda”, acusou Joel Batila.

Este responsável referia-se à decisão das chefias militares, tomada em Junho último, de exonerar todos os representantes no estrangeiro do movimento, incluindo o presidente Nzita Tiago, e de nomear Alexandre Tati para a liderança do movimento, que disse que a sua estrutura “não reconhece” por seu lado a estrutura liderada por Nzita Tiago. “Foi suspenso na reunião do alto comando e assim continuará até nova ordem, até que as coisas estejam definidas e haja condições para organizar um congresso”, assegurou Alexandre Tati.
Membros do executivo de Luanda estiveram recentemente em Cabinda em actividades governativas, mas nenhum dos dirigentes das diferentes facções da FLEC contactados tinham conhecimento disso.

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