E sem Roque Santeiro, é a mesma coisa que ficar sem o Silicon Valley.
Com as seitas religiosas e o meu Pravda hipnotizo o desenvolvimento do angolano. Como não sei fazer mais nada, sem o senso (?) da minha escrava inteligência (?) logo, dependo em absoluto da bajulação. Há que saber quais serão os homens que enfrentarão os agora ratos… ao que antes chamavam de população, de povo libertado. E os navios voltaram, sulcam o mar das plataformas petrolíferas e carregam escravos negros da cor do petróleo, do ouro negro da escravidão. Uma coisa que nos é inconfundível como angolanos, é desconhecermos por completo qual será o nosso futuro. A esperança já morreu. E na fome que este desgoverno nos ordena, Angola é o cemitério para a sua população em adiantado estado de decomposição. Só os milhões de dólares petrolíferos vivem para matarem as populações à fome. E a função principal do GPL, Governo da Província de Luanda, é o levantamento desordenado de terrenos livres para neles lá destruírem qualquer coisa. O que se passa em Moçambique é exactamente a cópia de Angola. Os mesmos partidos estão há muito irmanados na mesma causa: destruírem os seus países e aniquilarem as populações. E o que acontece em Moçambique é o desespero das populações que já não têm mais em quem acreditarem. Perguntem ao português José Sócrates, o especialista em piromania africana. Uma boa governação não se vê quando os preços do petróleo andam elevadíssimos, e onde qualquer um governa muito bem. Mas, uma boa governação vê-se quando os preços são demasiado baixos, e aqui não existe lugar para idiotas. Há homens que quando agregados num qualquer comité de especialidade esquecem os amigos, abandonam as amizades de sinal político contrário. E isto é também alimento para o fogo das confrontações e convulsões sociais.
Presentemente, nesta irrealidade o que se passa é a emissão de bilhetes criminais diários praticados por afrontamentos de qualquer indivíduo que nos cerca e nos horripila: «você, vocês, têm que sair daqui, este local é para o Presidente da República». «E o dinheiro que gastei, gastámos, nas nossas casas? E vamos para onde?» «Vamos arranjar-lhes lugar num Zango» E como tal tudo se deseja anormal. É insustentável, é impossível que permaneça assim por mais tempo.
É que o ódio aumenta intensamente, inexoravelmente.
Editorial
Noticiário, Luanda
O Nosso Estimado e Querido Líder
Inaugurou hoje as pioneiras bibliotecas públicas
nos degredados bairros desta cultural cidade
Não, não! Os americanos não fugiram do Iraque
é apenas uma retirada estratégica
Assim como farei (faremos) num futuro
abastado de próximo
Até a esperança espoliámos ao povo angolano
A minha nobre missão é a função de destruir o PR
usurpar-lhe o lugar. Eu e mais a minha equipa
o iremos governar
Um golpe de estado, pronto! Pensam que sou burro?!
ham! ham! Eu sei o que faço.
Adentro atiçando o ódio de tudo e todos contra o PR
e depois das chamas, vencerei!
Eu não estou aqui para jornalizar é para queimar!
Os nossos pirómanos à Nero incendiaram-na
a nossa A Capital em chamas com diluente, um diluimento
hordas das desordens em cumprimento.
E ninguém foi preso. A NKVD só prende opositores
sempre atentados nesses roqueiros dos santeiros
Mas não há por aí alguma oposição (?) para protestar
uma manifestação?
E o Justo Justino?! Fala, fala, parece muito vaidoso
Mas o Martin Luther King fazia manifestação
E o Justo Justino não! Mas que atrapalhação
Ninguém sabe o que fazer, não! não!
Este é o derradeiro colonialismo na sua mais atroz
legal e moderna crueldade.
Onde há petróleo as populações extinguem-se
Que ninguém se iluda! Nós estamos no poder
destruir Angola com o apoio internacional
incondicional da camaradagem chinesa
a espoliação total e completa de Angola serão certas
«Papá! Papá!» «Fala meu filho!»
«Pelo amor de Deus! Tira o MPLA daqui depressa!»
«Meu filho, em Angola, Deus premeia os maus e castiga os bons»
Nestes tempos do José dos Ribeiros Tormentosos
a história da Maria Antonieta prevalece
não enobrece, repete-se
Nenhum comentário:
Postar um comentário