O governador e primeiro-secretário do comité provincial do MPLA em Malanje, Boaventura Cardoso, deplorou, no final da semana passado, na comuna de Sóqueco, município de Cacuso, a atitude de alguns partidos da oposição que influenciam os seus filiados, professores e enfermeiros, a abandonarem os seus postos de trabalho.
De facto, alguns enfermeiros e professores do município de Luquembo abandonaram os seus postos de trabalho sem explicações, alegadamente porque assim foram orientados pela direcção do partido a que eles estão filiados, e não é preciso ser bruxo para adivinhar qual partido. Boaventura Cardoso precisou que os funcionários do Estado devem servir a Nação e a Pátria, trabalhando em prol de todo o povo, independentemente da sua filiação partidária.
“Quem quiser fazer política deve fazê-lo fora do serviço e não estar a descriminar pacientes”, disse o político, pedindo deste modo a tomada de medidas por formas a se evitar situações desagradáveis. Fez saber que um enfermeiro deve servir a comunidade, cumprindo com zelo a sua missão de cuidar dos doentes, não importando a sua filiação política. Referiu que o executivo está a trabalhar arduamente no sentido de mudar as condições de vida das populações, daí que "as atitudes de alguns inimigos da paz devem ser denunciadas, por formas a garantir a paz e a democracia". Fonte: Angop
Foto: cena da greve dos enfermeiros ou um enfermeiro triste
Será mesmo partidária, essa greve?
O governador Boaventura Cardoso, como homem de cultura, autor de vários sucessos literários, deveria antes de falar à toa, saber que os enfermeiros apresentaram um caderno reivindicativo (sem conotação
partidária), devido às péssimas condições de trabalho, aos péssimos salários, isso apesar de os dirigentes dessas cercanias, tal como todos os dirigentes afecto ao partido no poder viverem lindamente e nunca sequer se terem dado ao sacrifício de aceitar serem hospitalizados em qualquer uma das unidades de Saúde local. O senhor governador, Boaventura Cardoso, deveria estar preocupado e incluir na lista do Programa de Investimentos Públicos, melhores condições de trabalho, melhores infra-estruturas hospitalares e formação contínua de quadros. Este tipo de ataques a partir de considerações partidárias, utilizado como pedra de arremesso a quem cuida da saúde , em nada beneficia a função pública.
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