sábado, 25 de fevereiro de 2012

AQUI ESCREVO EU. A doença do poder não tem limites. William Tonet Assumo, também, fui comido na batota do registo eleitoral



O Executivo está doente. Começou a andar numa compulsiva azáfama para dar a conhecer e incitar a reconhecer aos angolanos a necessidade imperiosa de voltar a fazer o seu registo eleitoral, quando ele foi pela primeira vez realizado há menos de 4 anos.
Doença compulsiva?
Não, essa campanha começou há muito, muito tempo. A doença do Executivo é o poder, guardar o poder, consolidar a cleptocracia vigente. Mas, se não for isso, respondam-nos, por favor, por que razão tem o cidadão angolano de repetir um gesto cujo resultado foi guardado e arquivado num sistema electrónico considerado seguro e válido a 100%?
Porquê repeti-lo, sabendo que mesmo que não fosse a 100% seguro, existem sistemas de cópias, de forma a poder garantir sem levantar a mais pequena dúvida essa segurança de fiabilidade e de acesso?
Não. Ninguém vai responder, porque este assédio ao povo angolano para fazer o seu registo eleitoral, mesmo em caso de já o ter feito em vésperas das eleições legislativas de 1998, cheira a ferramenta de batota que tresanda.
A resposta vai de certeza absoluta cheirar a mentira!
Pelas rádios e canais TV passaram ministros, jogadores de futebol, cantores, músicos, escritores, políticos e jornalistas, gente com e sem nome, o presidente da República!! Incrível!...
Até o PR veio a terreiro, não para fazer um discurso pedagógico sobre o assunto, mas para dizer numa linguagem próxima da comunicação informal, subentendido, «Epá! Vê lá se despachas não deixes para o fim, regista-te, isto para evitar o acumulamento de pedidos à última da hora…»
A fazer a publicidade, é verdade, como se o registo eleitoral fosse um produto “Made by MPLA”! Há, de facto, mil razões – dentre as quais, a mais grave é a que sustenta que os ficheiros electrónicos de 1998 foram propositadamente danificados -, sem ainda haver nenhuma prova à vista, para desconfiar de tanto esforço feito para repetir um acto que ninguém consegue explicar por que razão deixou de ser válido (tirando os respectivos ajustes de contabilização de primeiros eleitores com 18 anos e registo de falecimentos).
Razões que talvez venham a ser denunciadas em pleno acto eleitoral. Tarde demais para evitar possíveis roubos, desaparecimentos fantásticos surgimento de votos de pessoas que já faleceram.
E no meio disto tudo, a Drª Suzana. Como é que dela pôde vir esta aceitação de assumir uma vergonhosa empreitada diante da pressão da opinião pública, diante dos partidos da oposição, estupefactos, atónitos e quase paralisados perante as evidências da futura batota?
Mas esta senhora ainda está a tempo de se recompor, deveria enveredar pelo bom senso, recusar cumprir as ordens do partido e seguir o que lhe indica, certamente, a sua consciência a sua própria consciência.
Ademais, à luz da opinião pública a sua imagem está desgastada e a reputação enquanto técnica está no chão à luz da comunidade internacional.
E a continuar muitos poderão condená-la de ser trungungueira e de apego desmedido ao poder, por isso, na minha opinião, face a sua honra e competência e de não precisar deste tacho para provar a sua capacidade técnica e intelectual, devia demitir-se pôr o lugar à disposição para não aparecer ao lado da batota e dos batoteiros, como sendo um deles, também.

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