Os angolanos precisam saber com quantos braços e inteligências precisam para a sua caminhada em direcção ao desenvolvimento futuro.
Sílvio Van- Dúnem
Angola é um país com uma enorme extensão territorial, mas com pouca população, logo um sério handicap para futuras projecções visando um desenvolvimento sustentado.
E visando vencer este desafio, o governo angolano parece ter despertado para a realidade estando a empenhar-se na criação de condições para concluir a realização de um censo populacional no dia 16 de Julho de 2013, numa empreitada que custará mais de 100 milhões de dólares aos cofres do Estado, monitorado pela Comissão para o Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH).
Recorde-se ter sido o primeiro censo populacional, realizado em 1940, registando 3,7 milhões de habitantes e o segundo em 1970, com um crescimento de cerca de dois milhões de habitantes em 30 anos, pois a contabilidade cifrou-se em 5,6 milhões, ambos sob a administração colonial.
Para que haja um sucesso, as autoridades governamentais da Administração do Estado, vão iniciar o ensaio de registo ainda em 2012, coincidentemente, em ano de eleições, em algumas províncias de maior densidade populacional, como as do Bié, Kunene, Kwanza Norte, Luanda, Moxico, Namibe e Uíge.
Recorde-se entretanto ter havido, duas experiências de censo entre os anos de 1983 e 1987, período em que o país vivia em guerra civil, mas por não ter obedecido os princípios e recomendações internacionais de contagem populacional, estabelecidos pelas Nações Unidas, não foram considerados válidas.
Actualmente não se sabe o número certo de habitantes, havendo especulações de sermos cerca de 15 milhões, mas as autoridades esperam recensear cerca de 21 milhões de cidadãos.
E depois deste apuramento, Angola tem de discutir, talvez, em referendo, um outro assunto mais sensível que é a opção do tipo de emigração. Uma grande maioria defende que sendo maioritariamente os angolanos de origem Bantu, que a África deveria ser o berço opcional, contrariando os defensores dos chineses e europeus, visando o sonho de uns poucos complexados transformarem o país num berço crioulo, adoptando o luso – tropicalismo.
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