sábado, 11 de fevereiro de 2012

AQUI ESCREVO EU. Quem incita a morte de alguém é ou não assassino? William Tonet


Director do Jornal de Angola apela assassinato de William Tonet

O que leva José Ribeiro, director do Jornal de Angola, na calada da noite, qual vampiro disfarçado durante o dia, mandar e instigar o assassinato do director do F8, William Tonet (veja-se a caricatura publicada no Jornal de Angola).
No dia 09 de Fevereiro um grupo de marginais, ligados ao HDA, quando eram cerca das 22h40 minutos fez disparos de armas de guerra, contra a minha residência e o seu chefe Telinho, chegou mesmo a ameaçar de morte um dos meus filhos.
Apresentada queixa na Divisão da Polícia da Ingombota, que funciona no Posto da Marginal, pouco ou nada se fez, para lá da sugestão que deveríamos telefonar em caso de novos movimentos dos marginais e de haver uma brigada móvel na Sagrada Família. No entanto esta força não impediu, no imediato, a acção dos meliantes que continuaram impunes a fazer mais disparos, ameaçando matar…
Foram preciosos mais trinta minutos para que a Polícia Nacional começasse a patrulhar a rua e o bairro… Coincidência? Não creio…
Neste momento, o rosto mais visível da macabra intenção é José Ribeiro e o Laboratório o Jornal de Angola, tal como em 1977, o foi, com Ndunduma na qualidade de director ter desenhado uma víbora com a cabeça de Nito Alves e Pepetela escrito, já o disse antes, um texto letal.
Hoje, século XXI, tal como ontem, no século XX, a motivação é a mesma; manifestação de um racismo incubado, visando eliminar tudo que pense diferente da visão luso -tropicalista.
Para Ribeiro e o seu assessor português mandar matar um colega de profissão deve constituir uma honra, mesmo que satânica, pois todos quantos pensem de forma diferente em Angola, são um alvo a abater e eles, como guardiões do templo, tomam as medidas…
É uma vergonha o nosso jornalismo, ainda contar com profissionais deste quilate, tudo porque pretendem viver à grande e à francesa no reino das trevas corruptas, onde a bajulação e a discriminação, são instituições.
Será que o Conselho Nacional da Comunicação Social, por não ter recebido recados da ministra da Comunicação Social, óh, já me ia esquecendo, a foto refere-se a um jornalista e jornal, que não bajula a corte, logo não é crime a apologia ao seu assassinato.
E por estes serviços relevantes ao regime, o director do Jornal de Angola, José Ribeiro, deve ser indicado como vencedor do prémio do jornalismo, pelos “baixos serviços” prestados ao regime, daí que ninguém reaja. Pelo contrário, todos eles aplaudem. Basta recordar a experiência de um dos vice-ministros da Comunicação Social, nestas andanças de “fazer cantar a sua arma”, no calar da noite, desde 1977…
Talvez, quem sabe, José Ribeiro e outros jornalistas da estatal e privada estatizada, façam recruta no quintal da Segurança de Estado, agora bem pertinho do MCS.
Os órgãos de justiça, que por tudo e por nada movem processos, não mugem nem tugem, no caso de uma gritante e violenta incitação à morte e tentativa de um assassinato, contra um cidadão. Porque será?
É crime um autóctone pensar pela própria cabeça e acreditar que Angola pode ser melhor se triunfar a democracia e podermos acabar com a corrupção e com os corruptos, que lançam para a fome milhões de angolanos, enquanto uns poucos se aboletam com os milhões de dólares provenientes das receitas do petróleo?
Toda esta escabrosa campanha, justificam, deve-se ao facto de F8 ter publicado uma foto que corria na internet e isso ser considerado um crime.
Mas num interessante artigo o jornalista português do Público, João Pedro Pereira, diz que independentemente das definições de privacidade e até de já terem sido “apagadas”, as fotografias dos utilizadores do Facebook podem ser vistas por qualquer pessoa. Não é preciso ser “amigo”, nem ter uma conta no site.
Como em qualquer outro site, as fotografias colocadas no Facebook têm um URL, ou seja, um endereço único na Internet. No caso do Facebook, as fotografias têm um endereço que começa por algo como, aqui e termina com “.jpg” (que é a extensão do tipo de ficheiro das fotografias). Pelo meio, há uma série de números, que identificam a fotografia e o utilizador.
Este endereço pode ser facilmente usado para partilhar uma fotografia na Internet. E como o acesso é feito directamente ao ficheiro da fotografia, não se aplicam quaisquer medidas de segurança. Uma vez partilhada, a foto pode ser vista mesmo por quem não tenha sequer uma conta na rede social”.
Diante desta caricatura, da tentativa de assassinato e da utilização das frases por nós utilizadas de reconhecimento do erro, José Ribeiro, terá instruído os assassinos a matarem e depois virem pedir desculpas.

Um comentário:

  1. Tempo para Desaprender
    (sobre a Crónica Tempo para Aprender, da autoria do rio beiro, no Jornal de Angola, Fev/2012)

    As crónicas do rio beiro são cómicas. Quando ele tenta ocupar a cátedra do Saber desequilibra-se, devido às bebedeiras de fanatismo, e dá muitos trambolhões que provocam o riso geral de quem é capaz de entender os seus disparates.
    No tempo do colonialismo os capatazes do Ensino pensavam exactamente como o rio beiro. Há trinta ou quarenta anos, para não viajar mais no tempo, os pedagogos minimamente bem formados não imaginavam de que em Fevereiro de dois mil e doze um General de um jornal ainda olhasse para o Ensino com uma visão tão tacanha, paternalista e míope. O rio beiro é burro e está convencido de que é inteligente porque vive num regime onde a verdadeira democracia parece ser adversária ou inimiga do poder instalado, onde a mediocridade é altamente valorizada e excessivamente bem remunerada, onde o paternalismo serôdio e o tapetismo intelectual ainda são norma, para não dizer lei, onde o chicoespertismo desagua em sucesso altamente elogiado e bem pago.
    O rio beiro é burro porque não sabe que a qualidade e o sucesso no ensino dependem de factores familiares, estruturais, psicológicos e sociais, não do marranço. Com a argumentação que utiliza para dar corpo às suas crónicas, o rio beiro não merece uma cadeira para sentar-se à secretária da redacção. Uma lata de leite vazia, enferrujada, para desafiar o equilíbrio e facilitar a propriocepção, seria o assento adequado para melhorar os seus índices de atenção. O problema é de que o rio beiro tem o cu grande, por onde lhe saem muitos excrementos vindos directamente do pensamento, e a lata facilmente ficaria amachucada devido ao elevado peso em ignorância e anquilosamento mental.
    O rio beiro é burro, burro velho, e já não é capaz de aprender. Ele só sabe obedecer.
    António Kaquarta
    http://miradourodoplanalto.blogspot.com

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