Os protestos pró-democracia na Suazilândia, convocados por estruturas sindicais, foram suspensos no 13 à noite “mas podem voltar a qualquer momento”, disse uma ativista. “A liderança decidiu suspender os protestos, mas pode voltar a convocá-los a qualquer momento”, disse Mary da Silva, justificando a decisão com as prisões dos responsáveis pela marcha que exigia a queda do governo suazi e que, iniciada a 12 de abril, deveria durar, pelo menos, três dias.
Um poderoso aparato policial, apoiado por elementos do exército, tomou conta das duas principais cidades do país, Mbanane, a capital, e Manzini, inviabilizando a realização da marcha, um protesto “ao estilo do norte de África”, com que os sindicatos queriam derrubar o governo da última monarquia absoluta em África.
A prisão dos seus líderes, ainda antes do início da marcha, contribuiu para a confusão entre os seus apoiantes que praticamente não conseguiram realizar qualquer protesto visível.
Mary da Silva, do Conselho da Suazilândia para a Democracia, disse que todos os líderes sindicais já tinham sido libertados, mas, constatou, alguns deles continuam com os seus telefones bloqueados.
Um jornalista do Times of Swaziland disse que a presença policial continua forte em Manzini, a segunda cidade e capital económica do país, mas que reina ali “um ambiente de calma”.
Os líderes sindicais deverão decidir as ações a tomar nos próximos dias.
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