A chanceler alemã, Angela Merkel, e a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, exigiram no 14.04, em Berlim, a retirada do líder líbio Muammar al Kadhafi, num encontro à margem da conferência de ministros dos negócios estrangeiros da NATO.
“O nosso objetivo comum é fazer com que Kadhafi deixe de ser o ditador na Líbia, que se retire e dê espaço ao desenvolvimento democrático no seu país”, disse Merkel.
A NATO está a debater em Berlim o prosseguimento da missão internacional contra as forças de Kadhafi e para proteger os civis revoltosos, “mas também é preciso pensar em formas de aproveitar o processo político”, advertiu a chanceler.
Clinton, por sua vez, considerou a Alemanha “um parceiro essencial para a NATO”, lembrando o papel que o maior país da União Europeia tem desempenhado no Afeganistão, no âmbito da Força Internacional de Protecção (ISAF).
Além disso, Berlim “partilha o objetivo de se conseguir um mundo sem armas nucleares, e empenha-se a favor do fim do regime de Kadhafi na Líbia”, acrescentou a chefe da diplomacia norte-americana, evitando referir-se à recusa da Alemanha de participar nos raides aéreos contra posições das tropas líbias, para defender a população.
Enquanto decorria o encontro na chancelaria federal, o secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, estava a ser recebido pelo presidente da Alemanha, Christian Wulff, no Palácio Bellevue, em Berlim.
O chefe de Estado germânico sublinhou igualmente a necessidade de uma solução política para o conflito na Líbia, sugerindo que as operações militares da NATO “sejam complementadas” por um processo político.
Antes da conferência ministerial da NATO, os ministros dos negócios estrangeiros da Alemanha e da França, Guido Westerwelle e Alain Juppé, respetivamente, trocaram também impressões sobre a situação na Líbia, garantindo, no final do encontro, que Berlim e Paris “têm um objetivo comum, embora haja diferenças na escolha dos meios”.
Westerwelle lembrou que Berlim exige um cessar-fogo imediato, acrescentando que, embora a França não defenda a mesma posição, considera também o conflito na Líbia deverá terminar “através de uma solução política, e não de uma solução militar”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário