sexta-feira, 15 de abril de 2011

Não nos calemos; apuremos a verdade, por favor...


Chegou à nossa Redacção uma epístola subscrita pelo senhor Silvino Pambassangue, que de inocente não tem nada, pois o seu objectivo primordial é denunciar uma situação que seria bom guardar no segredo dos deuses e assim saiu porta fora para chegar até nós.

Como cenário principal dos acontecimentos e situações que nos foram assim reveladas, temos um Órgão Estatal, o Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), mais propriamente o seu Cyber.

O denunciador é um jovem jornalista da nossa praça e, como frequentador assíduo do Cyber, tem ouvido muita coisa sobre esta Instituição que, diz ele o deixa revoltado.

Para começar, segundo ele, os funcionários desta Instituição Pública, sob a tutela do Ministério da Comunicação Social, estão há mais de 3 meses sem receber salários.

A Lei Geral do Trabalho foi enviada à favas, e o mais agravante é que o Ministério da Comunicação Social tem conhecimento do assunto, e não diz e nem faz nada para a resolução do assunto.

Sabendo-se que esses funcionários, que nem com o salário em dia são capazes de dar a volta ao mês, com as suas despesas incompressíveis de renda de casa, compra de bens alimentares, escola dos filhos e despesas em transportes e na saúde, perguntamo-nos como é que esse pessoal consegue sobreviver numa fase, em que como toda gente sabe, os primeiros meses do ano são sempre os mais difíceis de suportar. O denunciador, no entanto, não se fica por tão restrito âmbito de infracções e com um enunciado de tropelias diversas.

«- O Director Geral, Olímpio de Sousa e Silva, está há mais de 15 anos na Direcção da Instituição, e é o homem que controla tudo.

- O CIAM tem uma Directora Administrativa que infelizmente também não faz nada sem a ordem do Director.

- O CIAM tem uma área de Jornalistas que não funciona. Conheci uns jornalistas do CIAM no curso de formação sobre os exercícios militares da série Felino 2010, em Cabo Ledo, que agora nem conseguiram voltar para terminar a cobertura por falta de verbas, conforme diz a Direcção.

- Os funcionários do CIAM tem cartão do INSS mais não estão registados no MAPESS.

- Se um trabalhador tiver um problema, não adianta solicitar um empréstimo à Direcção, pois a mesma dirá que não tem dinheiro para ajudar.

- O CIAM tem apenas uma viatura que é utilizada para o transporte do pessoal e que serve também para o serviço de Relações Públicas. Se o motorista sair para fazer a entrega de um documento numa Instituição, os funcionários têm que aguardar o seu regresso, isso mesmo depois da hora normal de expediente».

Visto com estes olhos de crítico, a situação no CIAM merecia uma visita, não só dos órgãos de imprensa, mas também da fiscalização do Ministério da Comunicação Social. E para terminar, Silvino Pambassangue explica as razões que o levaram a nos enviar a sua missiva de protesto. Segundo ele, o que conta na vida é a realidade em que vivemos, nomeadamente, ultrapassar o silêncio que se instaura em torno do funcionamento de certos órgãos do Estado, como, por exemplo, nesta Instituição. Sugere pois que se faça uma vistoria em regra ao CIAM para se constatar que o que ele diz “é a mais pura e infeliz realidade”.

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