Muhammadu Buhari, um ex-ditador militar que iniciou "uma guerra contra a indisciplina" nos anos 80, é o principal adversário do presidente cessante, Goodluck Jonathan, nas eleições do dia 16.04 na Nigéria.
O general na reforma, 69 anos, tem fama de incorruptível e prometeu durante a campanha restabelecer a ordem no país, considerando que a corrupção e a indisciplina continuam a ser os principais problemas da Nigéria.
Muçulmano e originário de uma etnia do norte do país, deverá contar com o apoio de numerosos eleitores desta região.
Buhari candidata-se às eleições com o apoio do Congresso para uma Mudança Progressiva, um partido criado recentemente com o principal intuito de o apoiar nesta sua terceira candidatura à presidência desde 1999.
O general que chegou à chefia da Nigéria a 31 de dezembro de 1983 por ocasião de um golpe de Estado, foi afastado do poder da mesma forma, em agosto de 1985.
A "guerra contra a indisciplina" que quis promover durante os 20 meses em que esteve no poder visava instaurar a ordem pública num país muitas vezes descrito como caótico.
O seu regime ficou marcado pela execução pública, em Lagos, capital económica do país, de três nigerianos condenados por tráfico de droga.
Muhammadu Buhari ordenou a detenção de Fela Kuti, um cantor e ativista dos direitos cívicos, e de vários políticos influentes suspeitos de corrupção.
O escritor nigeriano Wole Soyinka, laureado com o Nobel da literatura, foi um dos que denunciaram o "terror" imposto por Buhari durante o seu regime.
Goodluck Jonathan, um cientista no mundo da política
Goodluck Jonathan, atual chefe de Estado nigeriano e favorito para as presidenciais é um cientista com um percurso político atípico, que chegou por acidente à liderança do país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário