sábado, 16 de abril de 2011

Juros/Dívida na Europa. Taxas exigidas agravam-se em Portugal, Grécia e Irlanda após declarações de ministro alemão


Os juros exigidos pelos investidores no mercado secundário para deter títulos de dívida soberana de Portugal, Grécia e Irlanda estão a agravar-se após o ministro das Finanças da Alemanha admitir reestruturações de dívida antes de 2013.

As ‘yields’ exigidas para deter os títulos de dívida portugueses estão a agravar-se em todas as maturidades, negociando em oito maturidades acima dos 9 por cento, e estando perto dos 10,5 por cento no prazo a cinco anos.

Nos prazos mais curtos, o agravamento é pronunciado, com as ‘yields’ nos seis meses a negociarem nos 6,299 por cento, a um ano nos 7,773 por cento e a dois anos já nos 9,328 por cento, de acordo com os dados disponibilizados pela Bloomberg.

A dez anos, a taxa exigida pelos investidores para deter títulos com esta maturidade atinge já os 8,89 por cento, estando também perto dos 9 por cento no prazo a quinze anos.

Na dívida grega, a subida é mais pronunciada, depois do ministro alemão das Finanças Wolfgang Schaüble ter admitido a reestruturação da dívida soberana grega antes de 2013, desde que numa base voluntária.

As maiores subidas verificam-se nas maturidades a três anos (aumento de 1,008 pontos percentuais) e a dois anos (aumento de 0,908 pontos percentuais), atingindo já os 19,22 por cento e 17,840 por cento, respetivamente.

Os juros exigidos para deter dívida grega superam os dez por cento em dez prazos, superando mesmo os 15 por cento em quatro prazos.

Curiosamente, os investidores exigem exatamente o mesmo juro (6,299 por cento) para deter a dívida grega e portuguesa com maturidade a seis meses.

No que diz respeito à dívida irlandesa, a subida não é tão pronunciada como no caso grega mas regista-se em praticamente todos os prazos (com exceção da maturidade a dois anos que diminuía ligeiramente), com maior expressão no prazo mais curto, neste caso, a maturidade a um ano, que sofria um agravamento de 0,398 pontos percentuais para 5,947 por cento.


Pedido tornou-se "inevitável" e deve ser oportunidade para "mudar de vida" –
O ex-líder do PSD Luís Marques Mendes afirmou no 14 que o recurso de Portugal à ajuda externa tornou-se “inevitável” e deve ser encarado como uma oportunidade para “mudar de vida”.

O pedido de ajuda externa “tornou-se inevitável e, portanto, contra factos não há argumentos”, afirmou aos jornalistas o administrador-delegado da Nutroton Energia, à margem do seminário 'Segurança e Autonomia Energética', organizado pela Câmara de Comércio Luso-Belga-Luxemburguesa e a decorrer em Lisboa.

Marques Mendes defendeu que “o importante é transformar o problema numa oportunidade” e disse que o recurso à ajuda externa “deve também ser visto como uma oportunidade de fazer a regeneração” do país.

“Devemos aproveitar isso [a intervenção externa] para mudar de vida”, acrescentou.

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