terça-feira, 15 de março de 2011

Apreensão de navio americano foi uma bestialidade política


Regime na sua arrogância e emoção dos seus dirigentes dá mais um tiro no pé O regime prendeu com bastante alarido um navio americano que descarregou cereais no porto comercial do Lobito e se aprestava para levar munições para o governo legítimo do Kénia que não tem contra si sanções militares. Através dos seus agitadores, logo veio denunciar que os americanos estariam a apoiar a subversão que as armas seriam para a UNITA e apoiar a oposição, no caso manifestantes. Assim, no Lobito, o grande arauto da guerra, Rui Falcão, porta-voz do MPLA, tudo fez, mesmo o que não devia ter feito, para mostrar mais uma vez que a UNITA quer uma nova guerra e a tem vindo a preparar à socapa, fazendo agora vir 80 toneladas de munições para Angola, isso mesmo, essas que foram apreendidas num barco americano que fez escala no Lobito. Disse-o claramente, quando essa afirmação constitui pura e simplesmente uma infame calúnia, sem o mais pequeno fundamento, ao serviço de uma má estratégia. Por seu lado, os USA deram a saber por via diplomática que os papéis referentes a esse material foram apresentados às autoridades angolanas, o que não impediu que a tripulação tivesse sido presa e humilhada. O Departamento de Estado americano garantiu que nada do que havia nesses contentores era destinado a Angola, havia documentos do governo Keniano a comprovar o contrário e, portanto, não se apresentava qualquer motivo para fazer tempestades num copo de água. Fosse como fosse, Angola manteve-se numa posição muito rígida e exigiu receber confirmação do governo do Kénia para que fosse dada ordem de libertação do navio, o que aconteceu, mas de nada serviu. Num daqueles veniais impulsos de espertalhão de meia-tigela, os manda-chuvas cá da gente descobriram que poderiam criar ali mesmo um facto político perfeitamente adaptado para sacudir a água do capote encharcado de sujidade. Assim, mesmo em posse dessa informação, Luanda ainda condicionou a libertação do navio para depois do dia 07, dia da manifestação. E, como os erros crassos erros espessos atraem, JES “fechou-se em copas”, mandou à favas a diplomacia, adiou sine die o acto de acreditação do novo embaixador dos USA em Angola devido a este incidente e o governo, que deveria ir a Washington na semana do 10.03, resolver o problema do congelamento das contas da embaixada, cujos diplomatas estão sem dinheiro à vários meses, viu por culpa própria, com todos estes tiros nos pés, de misturar o Partido/MPLA com o Estado, adiada a visita e a resolução deste intricado problema, por se terem fechado as portas, ante este clima de tensão, por em Washington não haver interlocutor ao mais alto nível, para a resolução deste e doutros dossiers. Entretanto, o navio americano vai seguir viagem e os americanos exigem agora um pedido de desculpas de Rui Falcão, face às suas infantis declarações, sob pena de registar esse tipo de calúnia e difamação ignóbil de um PARTIDO/ESTADO com quem ainda tem relações diplomáticas. Erros de guerrilheiro transido.

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