quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Governador do Banco italiano e a Crise/Euro. Preocupações sobre a sobrevivência da moeda única são exageradas


A sobrevivência futura do euro não está em questão, disse no 06 o governador do Banco Central de Itália, que considerou que a turbulência nos mercados europeus era “inevitável”, mas foi “excessiva”.
“O aumento dos ‘spreads’ entre a dívida pública dos diferentes Estados [da zona euro] não reflete, em minha opinião, as finanças públicas de certos países”, disse Mario Draghi, que preside também ao Conselho de Estabilidade Financeira (‘Financial Stability Board’), que tem como função coordenar as autoridades e instituições financeiras nacionais e internacionais para reformar o sistema financeiro global.
Mario Draghi considerou que a atual variação das cotações das dívidas soberanas “é inevitável, mas é traumática, dramática e excessiva”, falando aos jornalistas durante a apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira do banco central italiano.
Draghi afirmou ainda que a sobrevivência da moeda única europeia nem sequer é questionável, considerando que “o euro é um dos maiores sucessos da integração europeia, que veio trazer benefícios extraordinários a todos os países”.
Os investidores têm vindo a exigir taxas de retorno mais altas para comprarem dívida pública dos países mais fracos da zona euro, para refletir o risco, com os ‘spreads’ entre as dívidas dos países periféricos e da Alemanha a bater máximos históricos.
Itália tem dos mais elevados níveis mundiais de endividamento público – cerca de 12 por cento do produto interno bruto (PIB) – mas tem escapado à penalização nos mercados de dívida que se alastrou a países como a Grécia, Irlanda, Portugal ou mesmo a Bélgica.

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