quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Crise financeira. Gordon Brown defende em livro um “novo acordo global” para relançar economia mundial


O ex primeiro-ministro inglês, Gordon Brown defende um “novo acordo global” para conseguir maior crescimento económico e criação de mais empregos no livro sobre a crise financeira publicado no 07.
A subida do consumo asiático ou o investimento privado, alertou, não são suficientes para a recuperação económica. “Será necessário um acordo entre as potências económicas do mundo, maior, mais imaginativo e ainda mais duradouro que o Plano Marshall para a Europa: um plano para o crescimento económico constantemente actualizado”, escreveu.
Para chegar a um entendimento, sugere, há que avançar em duas frentes: persuadir países e líderes que a prosperidade é global e apelar aos cidadãos para apoiar o plano.
Este, acrescentou Brown, teria de ser acompanhado por uma “constituição para a supervisão da finança global” e uma nova “disciplina académica de economia para o crescimento global”.
Estas reflexões fazem parte do livro “Para além do Crash: Ultrapassar a Primeira Crise da Globalização”, que já está nas bancas.
A obra pretende fazer um balanço das causas da crise financeira e contém também algumas “recomendações” para o futuro da economia global.
Segundo a editora Simon and Schuster, Brown dá uma perspectiva dos bastidores da crise e de como os líderes mundiais reagiram para evitar que fosse pior.
O antigo primeiro ministro, que até agora tem sido discreto na atividade de deputado, apresenta “ideias inovadoras para ajudar a criar uma economia futura forte e ajudar os leitores a compreender o que realmente aconteceu à economia”.
“A minha ideia de novo acordo global é que cada continente aprove não só a regulação financeira global mas também aceite um plano que melhore a procura e oferta”, sugere.
Na falta de um pacto, “o mundo será empurrado para o proteccionismo”, avisa.
Brown acredita que os problemas mundiais são “estruturais” e que é preciso lidar com eles com uma “grande operação” e não esperar que algo mude.

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