sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Angola aposta em plano energético para garantir o desenvolvimento


Se Angola cumprir o plano de investimentos para 2010-2016 em termos de produção energética, garantirá a satisfação das suas necessidades de desenvolvimento, disse a ministra da Energia e Águas Emanuela Vieira Lopes.
A ministra salientou que o aumento substancial na produção de energia eléctrica em Angola - de aproximadamente 7 mil megawats - se alcançará apenas com recurso à geração hidroeléctrica, o que significa energia renovável e amiga do ambiente.
Emanuela Vieira Lopes assinou na África do Sul, aquando da recente visita do presidente José Eduardo dos Santos aquele país, um plano de implementação de um acordo de cooperação com a África do Sul na área da energia, declarando-se "muito satisfeita com a cooperação técnica em curso com os sul-africanos, que possuem a maior capacidade geradora em todo o continente africano".
Para a governante, ambos os países têm muito para dar um ao outro em termos de know-how e recursos naturais. Enquanto a África do Sul recorre principalmente à queima de carvão para satisfazer as suas necessidades energéticas, estando agora a dar os primeiros passos nas energias renováveis, Angola possui cursos de água com enorme potencial de geração de energia hidroeléctrica ainda por explorar.
"Se cumprirmos o nosso programa, poderemos até no futuro exportar energia para a África do Sul, se este país vizinho e irmão necessitar", referiu Emanuela Vieira Lopes.
A ministra da Energia e Águas garantiu que a cooperação técnica em curso entre Angola e a África do Sul está a decorrer de forma muito satisfatória. E embora a África do Sul possua uma central nuclear na região do Cabo Ocidental e esteja ainda a considerar a hipótese de expandir a sua capacidade neste campo, Emanuela Vieira Lopes garante que o nuclear não está nos planos de Angola.
"Além dos 7 mil megawats de energia limpa programados, consta ainda do nosso plano a construção de outras 150 mini-hídricas e com todos os recursos nessa área que ainda não estão a ser utilizados temos muito campo a explorar", concluiu.
Sobre o reforço das relações entre Luanda e Pretória conseguido com a primeira visita do Presidente Eduardo dos Santos à África do Sul, Emanuela Vieira Lopes considerou-o "um passo muito grande na direcção certa".
"Nós somos mesmo muito amigos, quer os povos, quer os governos, e estes desenvolvimentos vão tornar-nos a ambos mais fortes. Eu, particularmente, tal como os muitos angolanos que estão aqui, na África do Sul, e em Angola, fico muito feliz com esta aproximação", disse a ministra.

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