quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cabo Verde. PM promete trabalhar para ter o “primeiro país africano livre de SIDA”


O primeiro-ministro cabo-verdiano garantiu no 01, que Cabo Verde vai vencer a batalha do VIH/SIDA e desafiou a população a trabalhar para que o país, com uma taxa de prevalência de 0,8 por cento, seja o primeiro africano livre da epidemia.
José Maria Neves falava na cerimónia de comemoração do Dia Mundial de Luta Contra a SIDA, assinalado no 01 sob o lema “Toda a Gente Merece Desfrutar dos seus Direitos - Parar a Sida e Manter a Promessa”.
O chefe do Executivo cabo-verdiano referiu-se também a uma série de instituições nacionais que têm estado a desenvolver este trabalho na luta contra a SIDA, e explicou que o “empreendedorismo social” é a via para “combater todas as desigualdades e formas de discriminação”.
“Vamos dar a nossa contribuição para ampliar a mensagem do secretário-geral das Nações Unidas quanto aos três zeros”, afirmou, aludindo à sugestão lançada por Ban Ki-moon em relação à aspiração de se conseguir “zero infeções, zero discriminação e zero mortes relacionadas com a SIDA”.
“Cabo Verde tem sido o primeiro em muitas coisas. Porque não ser o primeiro país africano livre de VIH/SIDA? Vamos assumir este desafio, sermos ambiciosos, positivos e trabalhar para que Cabo Verde também seja primeiro”, apelou.
José Maria Neves apelou ainda à não discriminação dos seropositivos, afirmando que a estigmatização “é um ato contra os direitos das pessoas”.
A representante do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, a sueca Petra Lantz, discursando também na cerimónia, considerou ser “determinante” que o trabalho a nível nacional prossiga, defendendo que seja mesmo intensificado com ações que versam sobre as pessoas mais vulneráveis, com particular enfoque sobre os jovens.
Petra Lantz disse ainda que, a nível mundial, há menos pessoas a contrair o VIH/SIDA.
“Há milhões de pessoas com acesso ao tratamento da doença, mais mulheres a conseguir evitar a transmissão da infeções aos bebés. O estigma está a diminuir, ainda que lentamente, e o reconhecimento dos direitos humanos está crescer”, sintetizou.
Em Cabo Verde foram registados de 1989 a 2009 2888 casos de VIH/SIDA, situando-se, no mesmo período, os casos reportados de óbito em 727 mortes.

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