sábado, 28 de agosto de 2010

O INALD pelas ruas da amargura


Esta, tínhamos que a repetir, tão grande é o estranho abandono a que é votado um dos nossos mais respeitados Institutos culturais. Relembramos pois que, logo a seguir à vitória tão estrondosa como dolosa do partido dominante nas eleições legislativas de Setembro de 2008, foi escolhida para ministra da Cultura uma dama que, pelo que tem vindo a acontecer, não se tem mostrado capaz de realizar nem de decidir o que a Cultura Nacional esperava do seu indesmentível talento. Não vale a pena ir por quatro caminhos, a verdade é que o seu desempenho só tem dado mostras do seu espírito de intolerância.

Depois de ter mandado às ortigas quem não lhe agradava, sem salamaleques nem nuances, direitinhos ás ortigas, depois de ter mandado para o caixote do lixo o resultado de uma deliberação magistral (em princípio) de um júri literário soberano, depois de ter feito também boas coisas, nomeadamente no que toca à sua preocupação pelo acervo cultural histórico nacional, o Folha 8, já com a ideia de a elogiar, veio a saber que o nosso histórico Instituto Nacional de Artes do Livro e do Disco (INALD), que antes da Professora Rosa Cruz e Silva auferia para seu labor mensal a ridícula soma de uns 500 mil kwanzas, passou agora a receber 200 mil, quer dizer, NADA!! Pior que uma bofetada sem mão, tal montante assemelha-se a uma esmola humilhante. Senhora ministra, não acha que isto é simplesmente falta de respeito por quem dá o melhor de si para o bem da Cultura nacional? Será que isto vai mudar, ou fecha-se o INALD?

Imagem: sagradahispania.blogspot.com















Nenhum comentário:

Postar um comentário