Este é um texto imaginário, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência, incluindo nomes e endereços fiscais…
A Mona Lisa de Leonardo Da Vinci é provavelmente a pintura mais famosa do mundo! O quadro de Da Vinci tornou-se a maior referência em obras de artes que o mundo já viu.
O quadro, é surpreendentemente pequeno (77 x 53 cm). Contudo há quase quinhentos anos a Mona Lisa vem inspirando poemas, canções, pinturas, esculturas, romances, mitos, boatos, falsificações e roubos, e hoje em dia o seu rosto aparece em incontáveis anúncios comerciais no mundo inteiro.
Em muitas partes aparecem, também, cópias deste famoso quadro ou réplicas, transacionadas por especuladores de arte contemporânea.
Noutros casos, por analogia, os cartonistas e designers gráficos assemelham-na a mulheres poderosas ou ricas, que vão surgindo como cogumelos, na Rússia, nos Estados Unidos, na Inglaterra, no Japão, no Brasil, na China, na Alemanha, na França, na Inglaterra e, agora, pasme-se, em Angola.
Trata-se da mais nova e emergente empresária angolana de sucesso. O mérito deste novo quadro, tem muito a ver com a competência do seu pintor, cuja veia inspiradora, remonta a sua infância pobre e sofredora, nos muceques de Luanda, onde “COMIA PEIXE PODRE E APANHAVA PORRADA SEMPRE QUE REFILAVA”.
Os traços desta milionária imagem colocada num pedestal de ouro, refletem o volume de uma carteira de negócios, cujos tentáculos se estendem por toda Angola e estrangeiro.
A nossa Mona Lisa, dizem é muito parecida, clone perfeito, com a primogénita do presidente de Angola, Isabel dos Santos, que se diz estar entre as nove mulheres africanas mais ricas, de acordo com a revista Forbes, numa lista onde as restantes oito fortunas pertencem a sul-africanas, cujo percurso é reconhecido como transparente.
A angolana começou a despontar nos meados dos anos 90, após o seu regresso de uma apurada formação académica em Londres. O seu primeiro negócio, alegadamente, terá sido com uma empresa de limpeza da cidade de Luanda: a Urbana 2000.
Em causa, corria a boca miúda, que a empresa pública, Elisal não aguentava os montes de lixo que nasciam (e continuam a nascer) em Luanda como cogumelos, então o chefe do Executivo, confiando nos conhecimentos em gestão de empresas da nossa Mona Lisa, não hesitou em confiar-lhe uma empreitada, cujo valor rondava os 10 milhões de dólares anuais, bastantes para a catapultar, de bandeja no mundo dos negócios, qualquer mortal.
A hegemonia nas telecomunicações e diamantes
Em 2001, numa engenharia “sui generis” que passou pelo desmantelamento de um sector técnico da Angola Telecom, fundou, à custo zero, a primeira empresa de telefonia móvel: a UNITEL.
Noutros países, por exemplo, Portugal, a concessão de uma licença, a uma operadora, representa um encaixe aos cofres do Estado de cerca de USD 50 milhões de dólares, infelizmente, a concessão de Angola foi de borla.
Recorde-se que esta operadora móvel tem quatro sócios: Isabel dos Santos, António Van-Dúnem, Portugal Telecom (entrou com now how, garantindo assistência técnica) e a Sonangol, com a Mercury, todos com 25% de capital.
Em 2005, visando reproduzir o capital que ia adquirindo, lançou âncora na banca, em parceria com os portugueses, Fernando Telles (banqueiro), o rei da cortiça, Américo Amorim e o antigo governador do BNA, Sebastião Lavrador, criando o Banco Internacional de Crédito (BIC). Em Portugal investiu como nenhum outro estrangeiro o fez, nos últimos anos, comprando acções milionárias na Zon, na Portugal Telecom, no banco BPI, no banco Espírito Santo, na GALP e cruzamento com a Sonangol na EDP, na Caixa, no Totta e na Mota-Engil.
Mas a sua galeria, se estende, naquele país (Portugal) por muitas outras freguesias e é dentro deste universo financeiro que o “mito” da Mona Lisa angolana se vai revelando, como um génio nas Finanças, pese a sua formação em Engenharia Electrotécnica…
São muitos os projectos e talvez os grupos e clãs por si representados, daí a selectividade dos seus sócios, que a catapultaram para os projectos diamantífero de Camutué e da ADC ou ainda no mundo dos cimentos, com a sua entrada no capital social da Cimangola, substituindo a Teixeira Duarte (através da holding Ciminvest, em parceria, também, com Américo Amorim).
A nossa Mona Lisa é ainda accionista do BFA, cobrindo assim um vasto campo de investimentos que rasga as telecomunicações, banca, diamantes, cimento, petróleo, imobiliário, etc.
O mais enigmático da nossa Mona Lisa não é o seu sorriso, tal como a da verdadeira, mas sim a riqueza que ela ostenta e facilidade de fazer negócios, que já é considerado um dos maiores impérios financeiros de Angola, com a influência do n.º 2 do art.º 23 da Constituição, que permite a alguns serem privilegiados pela sua ascendência.
Mas qual é o verdadeiro pincel do pintor da Mona Lisa angolana, que a torna, num de repente, “boa empresária”, “extremamente dinâmica e inteligente”, “profissional”, “correcta”, “afável”, “simpática” e “bonita”?
A resposta reside na diferença entre o verdadeiro Leonardo da Vinci, reverenciado pelas ideias que possuía muito à frente do seu tempo, como homem visionário que já vaticinava a importância do helicóptero, do blindado de guerra, da energia solar, da calculadora, do casco duplo nas embarcações, etc, enquanto o nosso, Leonardo, exímio copiador é astuto, matreiro, manipulador político e acérrimo defensor do roubo das finanças públicas e da corrupção.
Portanto, a nossa Mona Lisa tem como exemplo inspirador, um homem, que para além de bom pintor é um grande negociador, razão pela qual os grandes negócios de Angola não lhe passam ao largo. E quando assim é, não restam dúvidas que a réplica angolana do Mona Lisa, não precisa de mostrar, como escancara as portas do poder, avocando o amiguismo e cabritismo, institutos que prescindem da prova da origem da riqueza ou do CAPITAL INICIAL.
Eis a lista dos investimentos no exterior e interior da Mona Lisa angolana, que muitos consideram ser Isabel dos Santos:
Zon Multimédia –10%
SOCIP Zon - 70%
BPI - 9,7%
BIC Portugal - 25%
BAI –17,5%
Galp - 6%
Ciminvest (Nova Cimangola) - 49%
Green Cyber - 35%.
BESA – 20%
UNITEL - 25%
IDUNA –25%
SAGRIPEK
TERRA VERDE – Empreendimento agrícola
TAIS – Trans Africa Investment Services – Diamantes
ADC – Angola Diamond Corporation
ASCORP – (Angola Selling Corporation)
SODIAM / LKI – Sociedade Comercialização de Diamantes
GRUPO LEV LEVIEV (AngolaPolishing Diamonds SA)
OMSI – Odebrecht Mining Service Inc.
Nenhum comentário:
Postar um comentário